Você fez tanta coisa, muita mesmo, rodou o mundo atrás de um sonho, decidiu descer no meio do nada apenas para ver o sol e por fim retornou ao mesmo lugar para respirar e pensar. Você precisou ser forte nos momentos mais difíceis, precisou correr quando todos se arrastavam, pensou em desistir, mas não fez isso. Você foi o melhor que pode, quando pode e ainda assim foi criticado.
Você tem medos, muitos, mas também tem coragem o suficiente para vencê-los. Você chora de soluçar nas noites de frio e nas de calor parece que vai pegar fogo. Sempre tem alguma coisa mais interessante do outro lado da rua, na casa do lado, no carro estacionado e nunca, nada que chame a atenção, no seu pequeno espaço, no seu mundo inventado.
Você e essa tendência a ignorar o vento, o tempo, os sentimentos. Você e esse péssimo hábito de não enxergar além, essa visão limitada que lhe impede de vender momentos de inspiração. Você é assim, limitado no sentido bom da coisa, incapaz no que lhe é mais caro e sabedor de que pode ser mais, ter mais, sentir mais.
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