- Quando começamos? No mês passado?
- Não, faz bem mais tempo e a culpa foi sua.
- Minha?
- Sim, pois foi você quem começou com os papinhos descompromissados, com os olhares estranhos e aquela história de inventar motivos, sempre os mais esdrúxulos, para ir aos mesmos lugares que eu.
- Ainda bem que você não é nem um pouco convencida, porque se fosse, eu estava ferrado. Apenas dei sequencia ao que você começou. Nossa primeira conversa foi no dia da chuva quando você inventou o assunto dos raios, a coisa toda de que eles podem cair no mesmo lugar se esse lugar for um receptor e por aí vai.
- Não senhor! Realmente eu falei dos raios, mas quem entrou correndo pelo salão por conta da chuva e dos desdobramentos dela foi o senhor. Foi até bem engraçado vê-lo com aquela cara de espanto e os olhos saltando do rosto.
- Foi mais ou menos assim. Realmente eu entrei no salão falando da chuva, mas não fiz escândalo algum. Enfim, começamos ali então.
- E não paramos mais.
- Ainda bem, porque eu gosto muito de tê-la ao mesmo lado, mesmo sabendo que você está há alguns muitos quilômetros de distancia.
- Eu também fico feliz de saber que posso contar com você e espero que enquanto valer a pena continue assim.
- Então será para sempre, porque você vale muito a pena, nós valemos a pena.
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