Café com fritas

Atendimento - Imprestavel
Preço - Nadegas à declarar 
Ambiente - Nadegas à declarar
Comida - Nadegas à declarar

Agora é fato! Tem café da manhã nas filiais do Mac Donald's. Não sei se em todas, mas no centro da cidade e em Pavuna eu sei que tem.

O café, como não poderia deixar de ser, segue o estilo Mac Donald's de ser e como também não poderia deixar de ser, o Mac Donald's segue o estilo americano de ser. Não pense você que vai encontrar pão integral com queijo minas ou torradas com geléia, pois o café da manhã lá é para gente grande, a começar pelo "balde" de café que eles te servem.

"Balde", é na versão pequena, porque na média, é caixa d'agua mesmo.

Não, eles não tem café na versão oceano atlantico.

Bom, acordei "disposto" a ''experimentar" esta "novidade" e rumei para a central do Brasil, ponto de parada dos trens e aonde faço a minha conexão para ir ao trabalho. O Mac Donald's de lá estava vazio, mas isso não impediu os atendentes de se enrolarem com os pedidos. Pedi um café simples, sem leite ou qualquer outra papagaiada, como calda de caramelo, flocos de não sei o que e afins, mais um croaissant.

O atendente me perguntou se eu queria o copo de café pequeno ou o médio, preocupado pelo que vi nas fotos, perguntei quantos ml's tinha o pequeno e me espantei quando ele disse 200. Pedi o pequeno e tomei outro susto ao constatar que se tratava literalmente de um "balde" de café e que para os nossos padrões de tomar apenas uma xicará ou um copinho, era coisa demais.

Encarei o "balde" sem medo e gostei pois estava bem quente, como eu gosto, quase fervendo mesmo. O café é daqueles que se toma em qualquer esquina, sem requinte e nada haver com o que é servido no Mac Café.

O croaissant, quando veio, estava quentinho por fora e gelado por dentro. Não sei se não deu tempo de descongelar o cheddar e o presunto. Deu para comer sem problemas e estava muito gostoso.

As opções são as mais diversas e você pode combinar o seu café com sanduiches de ovo com bacon, hamburguer com ovo e outras esquisitices tipicas do Mac Donald's. O "balde" de café, na compania de alguma outra coisa para comer, sai por apenas R$ 0,50 centavos, mas os sanduiches custam o mesmo que os das "refeições" e aí fica salgado.

Acho que ainda temos que nos acostumar a tanto café e muito mais ainda ao "pão na chapa"? que eles servem e aos sanduiches meio sem sentido. No mais, uma vez ou vez nenhuma, vale a pena arriscar.

Geral do movimento - 6

Legendas
Na marca - Regular
No esquemado - Bom
Jesus I love you - Ótimo
Nadegas à declarar - O de sempre, padrão da casa

Teoremas de uma busca anunciada III

Leia antes: Teoremas de uma busca anunciada I | Teoremas de uma busca anunciada II

Cá estou eu de novo e outra fila com um monte de gente que não saca nada de nada. Ainda tô no mês de maio e nada aconteceu ainda. "Bisonhos" sempre existem.

Penso comigo: Porque esperar tanto? Deixa para lá.

O que me consola nessa fila é a menina a minha frente, ela é linda. O resto é o resto.

Que porra! O que me mata nessas filas interminaveis que sobem escadas e dão voltas em ruas, praças e esquinas, é que você nunca sabe o que acontece e a cada momento chegam mais e mais pessoas ávidas por informação.

"É aqui a fila da inscrição?"

Novamente, é sempre assim quando começo a escrever, sempre querem saber o que escrevo e a menina à minha frente continua linda e maravilhosa.

Abre-se a porta do elevador e sai mais um àvido por informação. Que chato! Pessoas se entreolham querendo informação, todos se olham. Babacas fazem graça, querem ser comediantes. Que chato de novo!

Tô maluco, por ser maluco de verdade. Os caras mais acima de mim sabem de tudo, são uns entendidos, pelo menos acham que são. Não vou decepciona-los, coitados.

Aparecem pessoas que são do negócio, mas só aparecem e nada mais. Tô curiosissimo. Tem bebedouro aqui e um cara que pensa que é o rei da cocada preta. O bicho vai pegar.

O que mais odeio nesses caras é que eles acham qie podem tudo. Só acham, porque pelo menos comigo, eles não podem e não vão poder nada. Que chato novamente!

Começam a aparecer explicações e eu tô quase tendo a certeza de que o negócio é vendas. Que porre! A menina à minha frente continua linda e é uma pena que a sua beleza seja desperdiçada numa fila como essa.

O cara já me notou escrevendo, que legal!

Os caras fazem gracinhas, são uns humoristas natos! Gente chega e já é dispensada. O cara não para de me olhar, ta curioso de saber o que eu escrevo. Vou mandar ele para aquele lugar. Eu gosto disso.

Fichas sobem e descem, pessoas vão e vem.

A menina à minha frente entra sala adentro, que pena, vou ficar sem a sua beleza. Uma menina sai e diz que pode ser arte ou cinema, que loucura! As pessoas interpelam a menina, querem saber de tudo. Eu vejo pessoas entrarem mas não vejo sair.

Aparecem mais pessoas com crachás, sem crachás, só pessoas que não enriquecem nada. Que chato mais uma vez.

Já vejo daqui a menina que estava na minha frente, sentada em uma cadeira e sem nada a fazer. O carinha metido, me olha insistente enquanto chama um tal de Marcelo e segura carteiras de trabalho. Tô causando preocupação.

Parece que é venda de assinaturas. Começam a me perguntar coisas que eu não sei. A menina que estava à minha frente, agora está sentada perto de mim, eu tô, parece, esperando para entrar em outra sala e preencher uma ficha.

Perguntam pro carinha como é que ele está. Ele diz que está mal, dor de cabeça mata. Ele grita o nome de um cachorro e diz que precisa dele. A linda menina à minha frente entra na sala para preencher uma ficha. Que chato! Essa expressão está ficando chata.

Reunião da cupula, a coisa está ficando feia. Tô bolado, um porta retrato em preto e branco com a foto de vários artistas me faz acreditar na história da menina que saiu de lá de dentro.

Já vi que vou esperar horas sem nem ter tomado café. Saem as mulheres, ficam os homens, o nervoso começa a me bater. Quem tem conchavo se dá bem. O cara só sabe gritar o nome dos outros, que cara mala.

Me levaram os documentos todos, já preenchi a ficha e tem um cara estranho de crachá e uma mulher fatal na mesma sala que eu, selecionando o pessoal. A menina linda que estava à minha frente, agora está sentada longe de mim, mas pelo menos a sua beleza eu ainda posso ver e admirar.

A sala estava muito boa sem o cara e a mulher fatal, que voltaram mas já sairam de novo. Vai ter festa!

Fogos na saída de um candidato que esperava demais, que sorte para ele. Pessoas ao meu lado preenchem fichas, a minha já foi e só para não dizer que não falei, a menina que estava à minha frente e que continua sendo linda, continua sentada longe de mim, mas isso em termos, pois meus olhos a alcançam muito bem. Aguardo melhoras.

Continua...

Leia também: Teoremas de uma busca anunciada IV

Demagogia à prova de balas

O seu falso moralismo invadiu o meu ser e eu nem pedi por isso, mas tudo bem, vá lá, estamos aqui mesmo e porque não?

Me deixou em um momento de tensão simplesmente porque não concordava com as minhas idéias de uma vida a dois em frente a um mar de rosas. Isso passa, até porque somos adultos, seres humanos sensatos e de bem com a vida.

No dia em queimei o arroz, não fiz de propósito e você achou que sim. Brigou com o mundo apenas por causa disso e nada mais. Ora bolas, vê se pode isso, fazer essas coisas comigo e com todos a sua volta apenas por não ter o que dizer.

Tudo bem, eu queimei o arroz, mas ele ficou soltinho, pretinho e soltinho. Uma delicia em forma de flocos crocantes de arroz queimado. Um choque e não um choquito.

Mas era tarde demais para se voltar atrás e certas coisas não tem realmente volta, portanto, assim como da primeira vez, você pegou as suas coisas (A minha escova de dentes não estava incluída) e se foi. Eu poderia ter ido atrás mas já passava da meia noite e no dia seguinte eu tinha reunião. Droga.

Eu ia desmarcar a reunião, mas a meia noite, era mais de meia noite, não ia encontrar ninguém acordado para isso. Bom, acabou, pronto, chega dessa história.

Vou queimar outra panela de arroz, colocar um pouco de mel e comer que a fome é grande e eu preciso de paz. Você volta para o jantar?

Meu mundo é melhor que o seu!

Eu sei, faço parte do seu mundo, mas o meu é bem melhor que o seu. Não dá para comparar, enquanto você vive a sua hipocrisia cotidiana eu vivo o meu mundo de felicidade.

Você é obrigado a passar recibo, a dar as caras, a se mostrar, a ser sincero e a um monte de coisas que só existem no seu mundo, porque no meu, nada disso existe e eu posso ser quem eu sou. No seu mundo, tenho que tomar remédios, não posso comer, não posso ser sozinha, não posso muitas coisas e tudo o que posso, é justamente o que eu não quero.

Eu vivo no seu mundo, sou obrigada, mas não gosto do seu mundo. O meu é mais honesto, mas tranquilo e nele, faço o que me der na telha sem ninguém para me dizer o que é certo ou que é errado.

No seu mundo tenho que aturar à todos me criticando por estar sozinha, mas eu adoro estar, ficar, ser só. Eu vivo no seu mundo e por isso tenho um namorado. Tenho mesmo? Sim, eu tenho, mas ele me serve tão somente e apenas, para que no seu mundo, não me encham de perguntas e afirmações a cerca da minha solidão.

No meu mundo ele não tem espaço e nem vai entrar, passa por lá às vezes, mas é tão chato, é tão seu mundo, que no meu ele soa falso, soa irregular, destoa, desbota e por isso eu não deixo ele entrar.

Eu vivo no seu mundo e tenho de ser esbelta, esbanjar beleza, sensualidade, competir com todas as outras habitantes desse mundo estranho, mas eu estou nele e tenho de agir como todos os outros, tenho de ser uma de vocês. Volta e meia eu saio do seu mundo e entro no meu, fico assim, dividida, entre um mundo e outro. Vou no meu para respirar, volto no seu para sorrir e mostrar o quanto estou "feliz" e depois volto para o meu.

Fico assim o dia todo, tentando "equilibrar", mas tem dias em que não dá e eu surto. No seu mundo, sou taxada de depressiva, complicada, problemática e outros adjetivos mais sutis. No meu mundo é apenas um periodo, um tempo em que eu mesma preciso ficar sozinha comigo para "desafogar".

Meu mundo é melhor que o seu e não fica tão distante, posso estar nele em poucos segundos, assim como volto ao seu no instante em que sou obrigada a interagir com essa selva em que se transformou o espaço em que seu mundo existe. Eu vivo a contradição das inverdades ditas pelos lábios mais impuros que eu conheço, mas me faço de desentendida e me junto a todos.

Vou à festas, trabalho, estudo, enfim, sou normal no meu mundo ou pelo menos tento parecer. Quem me vê admira mas não sabe o esfoço que faço para parecer uma de vocês, me vendo ao seu sistema tão e mais barato do que um maço de cigarros, me sinto um nada e sou um grão perdido no deserto de areia que é o seu mundo.

Eu sou apenas um ser humano, uma pessoa tentando sobreviver, uma menina como todas as outras, nem tão certinha, nem tão errada, apenas eu mesma. No seu ou no meu, na minha ou na sua, na nossa ou na deles, apenas isso e nada mais, apenas eu e mais ninguém.

Eu vivo assim, eu sou assim. Me queira como eu sou e eu te aceito como você é.

Depois do temporal

Enquanto isso as coisas vão nos mostrando que a policia nunca esteve preparada para nada e quando se precisa dela, é um Deus nos acuda.

Vamos seguindo e a vida vai caminhando.

Tô voltando...

As voltas que o mundo dá

Como sempre ele para nos surpreender, nos fascinar e encantar. Um dia as coisas são de uma maneira, no outro tudo vira do avesso e já não sabemos mais o que fazer, o que pensar e nem o que dizer. Nesses dias sentimos que nada somos diante do inevitavel que são as voltas que o mundo dá.

Você olha para o lado e a sua volta milhares de pessoas estão vagando sem rumo, apenas caminham em direção ao nada, assim como você.

O nada nos instiga e por isso mesmo sempre estamos a sua procura. Durante essa jornada encontramos de tudo, conhecemos muita coisa e nos deparamos com o que mais tememos, nós mesmos.

Estamos no mundo à trabalho e não a passeio, temos de ser fortes e humildes para compreender que tudo muda e nós também mudamos ao longo dos anos. Hoje eu sou feliz ao seu lado e amanhã você pode não estar mais feliz ao meu lado. Coisas da vida.

Nos escritos do que somos, fundamental é sermos o que sempre fomos, porque o livro ainda está no meio e o fim ainda será escrito, por nossos atos e nossas ações.

Simples assim...

É fácil e simples assim, como dois e dois são quatro e um e um são dois. As coisas são feitas da maneira mais simples possivel, pois só assim elas se tornaram inesqueciveis e especiais.

Quantas vezes tentamos inventar as mais mirabolantes formulas, teorias e soluções para as coisas que simplesmente se utilizassemos o mais simples, já estariam resolvidas? Muitas e é justamente nessas vezes, que aprendemos que o simples é menos complicado e mais fácil de ser aceito e compreendido.

Podemos simplificar o mundo mas temos fascinio pelo mais dificil, pelo caminho torto, pela coisa mais elaborada, rebuscada e incompreensivel. Vigiamos os astros a procura de vida e nos esquecemos de olhar para todas as vidas ao nosso redor.

Procuramos pela felicidade e ela está onde sempre esteve e vai estar, até o fim de nossos dias, ao nosso lado, em nossas atitudes e em tudo o que acreditamos. A vida nada mais é do que uma colcha de retalhos, costurados com esmero pelo tempo.

Assim como amamos, somos amados e ao mesmo tempo e do mesmo modo, somos e podemos ser odiados, desejados, idolatrados, venerados e por que não, subjulgados a própria sorte de coisas absurdas que fazem com que o mundo seja essa coisa dificil de se digerir que vemos hoje.

As linhas de grafite tracejadas no canson são simples e eficientes, mas precisamos de nanquim, aqualine, oleo, guache, cores, precisamos "embelezar" a simplicidade, precisamos faze-la saltar aos olhos e apenas isso. Mas porque? Para que?

Para nós mesmos, para o nosso ego e para provarmos a todos, que o simples nem sempre é o melhor e que conseguimos muito mais com a mistura de tudo aquilo que somos. Quanto mais longe formos, mais perto vamos estar de nos perdermos de nós mesmos.

Simples assim.

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Passando recibo

Vem dar uma de migué para mim achando que vai estar se dando bem? Sai para lá e se toca no bagulho que o ritmo é frenético. Se a fila ainda não andou é porque tá cheio e pronto, espera a sua vez e não reclama.

Chegamos a um ponto em que temos de assumir os riscos de uma operação arriscada, mesmo que essa operação nos leve ao precipicio de uma encruzilhada sem fim. Voltemos ao zero absoluto e refaçamos as contas de tudo o que gastamos para escrever este livro.

Estamos no meio da rua, queremos atravessar, mas os carros não param de passar e nós não nos cansamos de esperar. O mundo nos espera e é hora de desembarcarmos do trem na estação do sol, rumo ao fim dos dias.