Aqueles lábios que ninguém beijou, aquela boca que ninguém tocou. Oh Suzana e suas manias, Suzana e seus delírios.
Sempre foi tida como santa, sempre foi dada como pura e seus lábios ainda permanecem intactos. Ninguém ainda os tocou, ninguém ainda os “estreou”.
Suzana e seus lábios carnudos, vermelhos, lábios de paixão e desejo.
Todos sonhavam com eles, mas ela era inocente demais para permitir que os maculassem assim, de qualquer maneira. Era abuso demais qualquer um chegar e deles querer se apossar.
Virgem? Ela não era mais, seu corpo já havia sido violado. Tal e qual um cofre que se abre sem que se quebre a tranca. Seus lábios permanecem puros e belos, pois Suzana não é qualquer uma de se dar assim.