Olhamos a beleza do arco Iris, o verde das matas, o azul do céu e nos encantamos diariamente. Temos olhos para o belo, para o novo. Olhos para aquilo que nos transmite paz e segurança. Não temos olhos para o cinza.
A ausência de cor nos assusta e para alguns causa repulsa, mas a ausência de cor não significa ausência de beleza. Há beleza no cinza, há beleza onde não podemos ver, há beleza em todos os lugares.
Nos condicionamos a ver a beleza apenas em certos lugares, com isso todo o resto passa a ser ignorado. Ignoramos o belo no cotidiano, o belo no gesto simples da mão estendida, o belo no abraço e com isso restringimos o nosso campo de visão.
Abrir nosso campo de visão e encontrar a beleza em outras paisagens, esse é o nosso desafio. Enxergar o belo na ausência e conseguir identificar aquilo que para os olhos é invisível. Temos de enxergar com o coração.