E nem era carnaval quando isso aconteceu. Aconteceu exatamente quando a Colombina avistou o Pierrô e lhe ofereceu seus préstimos profissionais. Como toda boa meretriz ela fez por merecer a fama e levou o Pierrô para cama.
Duas horas depois de muito Sexo, com S maiúsculo e tudo o que podia e não podia ser feito, o Pierrô com a cara mais feliz do mundo pagou a conta, algo em torno de quinhentos reais e se foi.
Você deve estar se perguntando o que de tão especial teria essa Colombina, para ter seu trabalho tão bem pago, quinhentos reais por duas horas de sexo sem compromisso. Isso mesmo, o Pierrô não só pagou, como gostou e prometeu que iria voltar, antes do carnaval.
Para que você entenda o drama, e que drama delicioso, e até se coloque no lugar do Pierrô, vou tentar descrever o que o seduziu.
Um metro e oitenta de pernas, braços, longas madeixas, corpo escultural e sensualidade em forma de uma Colombina. Sorriso arrebatador, voz suave e olhar penetrante. Foi por isso, mais precisamente por uma Colombina com todos esses atributos, que ele sucumbiu.
Mas não pense você que a Colombina era uma qualquer e se deitava com o primeiro que aparecesse, ela era uma juíza federal da mais alta patente, meretriz com mestrado em Haward (Deu para os maiores causídicos que esse mundo já conheceu) e doutorado em Londres (Se o Big Ben falasse...). Eles se encontraram no STF e enquanto ele pleiteava em favor de seu cliente, ela admirada por ele dispensava todos os outros envolvidos para que pudessem ficar a sós e terem suas duas horas de prazer.