Deixei de sonhar no instante em que percebi que os sonhos eram anseios caros demais para meu pobre coração. Deixei de sonhar quando os sonhos falavam de coisas que sabia, não iriam existir.
Abandonei os planos, parei na metade do caminho e não me arrependo de ter dado meia volta. Recuei, não segui em frente como todos diziam para fazer. Não tive medo de continuar, apenas coragem demais para desistir.
Sou um pouco daquilo que minha mente produz, vivo com a intensidade de meus pensamentos e de acordo com as marés. O nascer do sol e as fases da lua me dizem quando começar ou me ajudam a terminar.
Choro quando o peito aperta. Fico feliz quando vejo um sorriso. Deixo minha criança interior brincar sempre que me dão a mão e adoro olhar bem fundo nos olhos daqueles que me encantam.
Poderia mentir, mas não sei ser quem nunca fui. Poderia ousar, mas prefiro as chuvas de verão. Poderia tanto, mas nada pode me impedir de amar.
