Filha de poloneses não podia se casar com um africano, ainda mais com um africano como o João. Ele era a exata personificação do “negão”, aquele que chega a ser azul de tão preto.
Os pais de Thais, família conservadora, nunca apoiaram o namoro, mas sempre acharam que seria algo passageiro, fogo de palha. O que eles não esperavam era que João pedisse Thais em casamento e que ela aceitasse.
O que era apenas um namoro se transformou em noivado e caminhava a passos largos para o casamento. João era marceneiro na construção civil e Thais era cirurgiã cardíaca.
Por mais incrível que pareça eles combinavam como uma luva. João não entendia muito das coisas acadêmicas e complicadas dos livros, mas sabia como ninguém fazer as coisas certas nas horas certas. Thais era meiga como toda mulher e tinha mãos ágeis para operar com maestria e salvar vidas.
A história de Thais e João é mais um desses casos de amor que o destino se encarrega de criar para mostrar que tudo é possível quando se tem amor no coração.
