Quer saber o que tem no tempero de dona Sinhá, manda alguém para lá perguntar. Quer entender o valor que as coisas têm, manda alguém conversar com jeito.
Tem que ter malicia. Tem que correr a beça. Para fazer vontades não basta dizer a verdade. Tem que pensar que dá e mesmo se não der, inventar a prosa.
Quitéria não viu quando o trem passou e nem percebeu que o mundo acabou. Enrolou a língua quando ficou por cima, cortou um dobrado quando ficou por baixo e depois de meses colocou no mundo um menino loiro.
Quem se deitou com ela sabe bem o que ela tem. Quem não vendeu por pouco e comprou mais caro, agora fala que é pecado. Vou inventar outra nação.
Da torre mais alta me joguei. No maior castelo me tranquei. Da princesa mais bela, quero um beijo e um agrado, quero mais que só melado. Quero Quitéria ao meu lado.