domingo, março 29, 2015

A impotência do amor

a impotencia do amor

A impotência do amor tem muita coisa haver com a potencia que empregamos nos inicios, nas tentativas, nos começos. A medida de força usada quando ainda não temos as garantias contratuais, consome nossas energias vitais deixando-nos com menos ímpeto após a chegada a lua. Há os que encontram motivação no despertar de todas as manhãs, os que criam um mundo imaginário, uma novela pessoal, para se auto motivarem e há os que apelam para outras conquistas, novos começos.

Gastamos tempo, dinheiro e folego no cortejo, nas mensagens por celular, nos e-mails, nos telefonemas, com flores, restaurantes, cinema e toda a sorte de coisas que fazem parte do inicio de um relacionamento. Esquecemos de poupar, nem nos lembramos que nada dura para sempre, pois só conseguimos pensar no troféu que está lá, após a linha de chegada. Quando inúteis, nossos esforços nos proporcionam experiência, mas está, na maior parte dos casos, não é suficiente para que deixemos de nos doar cem por cento à largada.

O resultado de tanta dedicação logo de inicio é que não nos sobra vontade para o restante da relação e aí tudo cai no marasmo, o comodismo se instala e as flores são substituídas por panelas, o cinema pelo Supercine, o restaurante pelo Delivery e um dia a impotência fica insuportável e o fim é inevitável. O remédio para a impotência do amor, o “Viagra” da falta de tesão em um relacionamento, é a parcimônia. Saber dosar o tanto que se gasta antes é importante para que sobre desejo para o depois.

As flores devem aumentar de quantidade com o tempo, não há a necessidade de milhões de buques quando ainda nem se sabe o nome da pretendente. As joias não precisam ser entregues apenas em momentos especiais, mas tão pouco devem ser entregues a qualquer momento. As investidas iniciais podem ser calmas, tranquilas, sem pressa, o que não se deve fazer é acreditar cegamente na velha história de viver sem limites como se a vida fosse acabar no minuto seguinte, porque ela não acaba e sua continuidade exige muito mais do que se possa imaginar.

Imagem do post: Tumblr / redheadsmyonlyweakness

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