Sem sal liguei o depurador a toa, não havia nada a depurar. Sem sal percebi que a vida boa passa logo igual garoa e o melhor é não esquentar. Igual a pedaço de sabão que dissolve quando molha, fica mole com o tempo e endurece ao relento.
Assim aconteceu com o que construímos de melhor, ou que pelo menos, achávamos ser o melhor. Quebramos os ovos para fazer a omelete, mas nos esquecemos do sal, do tempero, da coisa do sabor que transforma o insosso em algo que preste. As tais ervas finas nunca estiveram presentes, nos esquecemos do toque mágico, daquilo que dá vida ao todo.
Achamos que só a vontade de permanecer seria mais do que suficiente para sustentar todo o resto. Descuidamos dos complementos, não nos ativemos ao que seria necessário e com isso fomos, aos poucos, deixando ir embora a centelha que mantinha a chama acesa.
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