Um aperto de mão sucedido pela vontade do abraço, pelo desejo do toque, pelo mais, pelo querer sem medida. Um aperto de mão do tamanho do universo, com a intensidade de uma paixão nunca iniciada.
O que não sangra coagula por dentro como uma ferida que não cicatriza, que se mantém e vai além da compreensão. O que se sente permanece no peito, não se desfaz com o tempo e em é levado pelo vento. O que se sente cala fundo, consome as palavras, elimina os versos e comprime toda a poesia de uma declaração em um longo soluço.
Sem chão, sem perdão, sem o essencial, sem o poder de morrer e não mais padecer do que não se pode pertencer.