E tudo não passou de uma eterna brincadeira de verão. Dois finais de semana agitados, inesperados e, por que não, bons.
Perdi tempo fazendo contas e pensando em tanta coisa que até
nem sei se de verdade gostaria que desse liga. Deu. Foi ali, o momento e só.
Deixamos de viver por conta de tanta coisa que está em nosso
subconsciente, pré-conceitos, preconceitos, conselhos errados e principalmente
medos infundados. Então ter acontecido, mesmo sendo só por dois finais de
semana, foi ótimo.
Nunca foi segredo para ninguém que eu queria o príncipe no
cavalo branco, mas ele tinha que gostar de Netflix, sorvete de morango e War.
Também não era segredo para ninguém que eu estava enjoada desses caras
superficiais das baladas, barzinhos e festas por aí.
É o amigo de fulano que já namorou ciclana, estudou na
Mackenzie e trabalha na Faria Lima. Ou então é irmão da sua amiga de infância,
aquele que quando vocês eram crianças fazia piadinhas do seu cabelo, mas que
agora era todo fitness, trabalhado na granola.
O príncipe ainda não apareceu, mas do nada pintou aquela
viagem para o nordeste, aquele passeio as praias famosas do local e conheci o
Zeca. Papo nada a ver, energia boa, um mergulho aqui, outro ali, beijo bom,
química e é isso.
Há tanto tempo que eu não tinha dois finais de semana tão
bons assim.