domingo, setembro 22, 2013

Nada é tão bom que não possa terminar

nada e tao bom que nao possa terminar

O dilema das relações eternas ainda persiste e enquanto muitos se decepcionam com o fim, outros ainda acreditam na eternidade. O foco não é a duração e nem mesmo o fato dela ser eterna enquanto dura ou não, minha preocupação é com a crença desmedida. A ilusão de que algo, que parece bom e até mesmo pode ser bom, tenha que perdurar por todo o sempre, é o que me assusta, porque nada é tão bom que não possa terminar.

Ao mesmo tempo, nada é tão ruim que não possa continuar a existir, mas isso não é algo que as pessoas pensam. O “felizes para sempre” me soa forçado demais. Momentos tristes fazem parte também, a vida não é um eterno mar de rosas e mesmo as rosas, por mais belas que sejam, também tem espinhos.

Porque ela me abandonou? Porque ele não me ama mais? Perguntas de fácil resposta, porque ela é uma só. Ela te abandonou porque ela quis e ele não te ama mais porque ele quis. Procurar motivos ocultos em uma decisão já tomada é querer continuar acreditando no mundo encantado dos contos de fada e das novelas das oito. Ninguém decide de uma hora para outra que não quer mais e sai, as relações não terminam apenas porque são ruins, elas também terminam quando são boas.

O velho ditado nos convenciona a achar que não se mexe em time que supostamente está ganhando, mas eu vejo que mexer depois que a derrota se consuma é cômodo demais. E não se trata de sair por cima e sim de sair enquanto as coisas permitem uma saída amigável e respeitosa. Por melhor que seja, um dia as coisas acabam e isso é a ordem natural, que nos permite novas buscas até que consigamos compreender a duração de nossas relações e do que nos cerca.

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