Sabe aquela camisa de linho branco que você comprou mais cedo naquela loja de importados na rua principal? É, aquela camisa que você tanto gostou e estava se preparando para usar hoje à noite. Aquela com as suas iniciais bordadas no bolso da frente e detalhes em azul piscina. Essa camisa tão especial, tão diferente e linda, joguei fora. Lixo!
Assim que você chegou todo pimpão com ela embaixo do braço eu percebi que se tratava de um objeto especial, algo a quem você daria mais atenção do que a mim e fiquei com ciúmes. Peguei a camisa com todo o cuidado, desembrulhei, amassei-a por completo e joguei no lixo, junto com os restos de comida de ontem.
Será que sou tão doentia assim? Será que preciso de um tratamento ou esse meu pequeno tormento foi passageiro?
Neste exato momento você está exasperadamente bravo comigo e pode até estar querendo me matar. Compreendo a sua irritação, sei que o que fiz não tem uma justificativa plausível, mas o fiz porque não ia suportar algo entre nós, no meio de nossa relação, mesmo que fosse um pedaço de linho branco em forma de camisa.
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