E nem é tanto pelo calor, porque ele não faz muita diferença. Já o frio, esse sim, faz muita diferença. O frio físico não, mas o frio emocional, quando você está ali sabendo que a pessoa está sendo fria com você, não está sendo verdadeira, está fazendo tudo o que faz apenas por fazer e nada mais. O frio que vem de dentro, aquele que mais congela, é o pior. A frieza das relações humanas combina muito com o calor excessivo porque ambos incomodam.
Pesa mais o ser ou o querer ser e não poder? Pesa mais o fazer, mesmo sem querer ou o dizer, apenas por dizer? No fim não faz tanta importância e nem sentido pensar que ser é mais do que fazer ou que querer ser é tão importante quanto dizer e não fazer. Tem importância o modo como tudo acontece, a forma e o exato momento em que tudo se passa. Afirmações em noites de verão são tão falsas quanto notas de três reais.
Realmente podemos virar o jogo a nosso favor sem muito esforço se soubermos ouvir a voz que não se escuta. Essa voz que vem impressa nas entrelinhas do subconsciente dos que podem gritar, mas preferem silenciar é que nos diz com exatidão o que realmente está acontecendo. Quem muito diz e nada faz tem peso igual a quem faz por fazer, apenas para aparecer em um mundo onde o mais importante é ter.
Assim como não há hora para a morte, ela pode aparecer e acontecer a qualquer momento, também não a hora para parar de se preocupar com o vento lá fora, com quem se esquece de pagar a conta de luz e com quem nunca sabe se é outono ou inverno. Toda a hora é hora de ser feliz e todo dia é dia de pedir bis.
E não é que eu te amo!
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