Existe a coisa do gostar e a coisa do gostar demais. Existe o querer e o querer demais. O desejo e o desejar demais. Existe o sonho e a ilusão. O final pode ser a decepção e esse é o risco que se corre, pois o risco é proporcional a vontade. Quanto mais vontade, maior o risco da decepção.
A tão sonhada promoção que não vem, o carro que não podemos comprar, o beijo que não podemos ter, o imóvel que não cabe no orçamento e tantas outras aspirações materiais ou emocionais, que idealizamos, mas não conquistamos.
Não é por isso que devemos deixar de gostar, de querer, de desejar e ou de sonhar. Devemos ter em mente, sempre, que nem tudo o que gostamos, queremos, desejamos ou sonhamos, virá ao nosso encontro. Depois que tomamos essa consciência e compreendemos que existe a chance da perda, tudo fica mais “aceitável”.
“Aceitável” sim, mas nem por isso menos doloroso, porque todo o processo envolve uma série de fatores não previstos que desencadeiam fatores antigos que já se encontravam superados. A nossa mente tem esse fantástico poder de destruição e quando o mesmo é posto em funcionamento, sua desativação leva tempo e dá certo trabalho.
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