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Elas não são do outro mundo, são apenas mulheres como todas as outras, sem nada de especial, apenas o fato de estarem ou terem estado comigo.
Eu não as valorizei e por isso as perdi, uma por uma elas se foram e aqui eu estou, sozinho. Sem amor, sem ninguém, apenas eu e minhas idéias, meus planos e sonhos de uma vida melhor.
Valorizando uma, talvez eu perdesse todas as outras, mas quem sabe com uma apenas, eu seria mais feliz. Eu estou infeliz? Não, estou apenas sozinho e pronto, elas me deixaram, como todas as outras irão fazer mais dia menos dia.
Mulheres são sensuais, espertas, dinamicas, ativas, bonitas, ideais para uma noite de solidão, mas será que são apenas isso? Acho que não, acho que elas são tudo e isso muito mais, são uma mistura de tudo o que temos de melhor e conseguem mudar um dia cinzento para uma tarde de sol.
As minhas mulheres se fazem de dificil e o são, querem ser conquistadas, cortejadas e desejadas. Não se entregam por uma linda melodia e um sorriso, elas querem bem mais para se entregarem. E eu, o que faço? Morro por elas?
Eu as amo, com essa coisa de se esconderem de mim ao mesmo tempo em que se revelam fiéis a mim, seguidoras de mim, apaixonadas pelo meu viver. As faceis nunca me fizeram bem e por isso, elas se impedem o meu acesso imediato, apenas me fazendo mais desejoso de tê-las por completo.
Mas porque e para que essa tortura? Porque elas sabem que eu assim como desejo com tamanha facilidade, me enjoo no dia seguinte e preciso ser desafiado, preciso ser confrontado, para dar valor a minha presa, ao meu troféu. Uma simples peça decorativa não tem o mesmo valor de uma peça conquistada com esforço e afinco, elas sabem disso. Agora, anos de luta, siginificam esforço despendido em vão e isso apenas me faz desistir tão rápido quanto um foguete, portanto elas sabem dosar a dificuldade oferecida.
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Minhas mulheres são do mundo e o mundo é delas, por entre suas pernas eu viajo e me torno mais prisioneiro de seus encantos, seus caprichos, seus mandos e desmandos. Minhas mulheres me fascinam a cada dia e eu as temo por isso, as respeito por me fazerem escravo e por me manterem em estado letargico enquanto passam por mim com seus corpos desnudos.
Corpos que eu venero, devoro, espero. Corpos dourados, alvos, negros, mestiços, corpos. Pele, lábios, saliva e suor. Minhas mulheres e eu, juntos nos entregamos e nos encontramos por debaixo dos lençois e em meio a gritos e gemidos de prazer. A vida nos contempla com o conhecimento e nós a refazemos com nossos corpos, diariamente e sempre, como um moto-continuo.
Eu as tenho e elas me possuem. Eu as perco e elas me abandonam. Eu e elas, elas e eu. Nós.
