quarta-feira, janeiro 28, 2009

Fases da vida

 

escada

 

A nossa vida é feita de fases, não, a minha vida é feita de fases. Algumas são longas e chegam a durar meses e outras são tão curtas que em segundos já se foram e eu começo tudo de novo. As fases são importantes em meu “aprendizado”, pois é com elas que consigo determinar os momentos e as sensações que me fazem bem e separo as coisas que não me agradam para guardar e nunca mais achar.

Tem fases em que eu me sinto deprimido e tem fases em que eu quero abraçar o mundo, mas na maioria delas eu estou querendo mesmo é não ter que fazer escolhas e muito menos deixar de fazer algo. Nestas fases eu entendo porque um dia é pouco para que possamos satisfazer a todos os nossos desejos e vontades.

Imagine um dia inteiro com o seu amor e fazendo o seu programa preferido, você com certeza vai desejar que esse dia tenha pelo menos 72 horas, mas isso não vai acontecer. Imagine agora as alegrias infinitas de uma felicidade plena e tente vivência-las durante às 24 horas de um dia. Conseguiu? Não? Pois é, por isso que acho que nessas fases, nas minhas fases em que quero não ter que fazer escolhas e nem deixar de fazer algo, o dia deveria ter bem mais do que as horas de costume.

No fim de semana passado sai de casa na fase “Não quero fazer escolhas...” e terminei o domingo na fase “Eu preciso de um tempo para mim...”. Virei radicalmente de uma hora para outra e enquanto a primeira fase durou 12 horas, a segunda ainda se mantém ativa. O tempo a que me refiro, é o tempo que todos nós precisamos ter para repensarmos os diversos caminhos que estamos seguindo e até que ponto estes caminhos estão nos levando para algum lugar que valha a pena.

No meu especifico caso, quando entro na fase de não querer fazer escolhas, me entrego demais aos outros e acho que tenho de estar disponível em todos os momentos e pronto para tudo o que for necessário, mas me esqueço de que nem tudo é tão necessário assim que precise da minha intervenção. As pessoas tem um modo diferente de agir diante das situações e quando não dão a devida importância a situações que eu considero válidas para o momento, eu começo a achar que todo meu esforço poderia e deveria ter sido evitado.

Hoje, se você se entrega de corpo e alma na realização de uma tarefa que deveria ter sido realizada em conjunto com o todo, pode se frustrar ao perceber que você vai ter de assumir o ônus sozinho pois as pessoas relaxam ao constatar que alguém tomou a frente de toda a situação. O mais correto, mesmo não sendo, é se afastar, deixando que quando necessário, você seja solicitado a agir e colaborar com o todo. Eu não consigo, mesmo tentando muito.

Esse tal tempo em que reavalio minhas decisões é sempre motivado pelas decisões que tomei anteriormente depois de reavaliar as decisões que havia tomado antes. É um motocontinuo. Eu tomo decisões erradas, reavalio-as e volto a tomar as mesmas decisões erradas porque parece que eu não aprendo com os meu erros ou simplesmente acredito que as pessoas podem ter mudado nesse período e aí minhas decisões não serão mais tão erradas assim.

Como as pessoas não mudam, eu continuo errando e me entregando. Me entregando, errando e me decepcionando comigo mesmo. Não espero reconhecimento pelos meus atos, até porque esse reconhecimento nunca será na medida exata e da maneira que deveria ser, portanto tenho de parar de me entregar as pessoas e começar a viver mais os meus dias e os meus momentos.

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