Carlos se perdeu na estrada que levava ao fim do mundo, na verdade ele só queria ir a um lugar distante e acabou no meio do nada, perdido e sem tostão algum. Andou por horas sem encontrar alma viva e continuou porque sabia que no fim do arco Iris havia um pote de ouro.
Na casa de numero vinte e nove morava Renata, moça simples do interior, formada em agronomia e letrada na arte de encantar. Sorriso sincero, olhar fixo e fala suave, poucos resistiam a seus encantos, mas nenhum havia conseguido toca-la, ser seu homem de verdade.
Foi justamente a sua casa que Carlos avistou lá do fim das colinas e decidiu ser um bom lugar para pedir informações, comer alguma coisa e voltar de onde não deveria ter saído. Renata estava lá, sozinha e eles se encontraram.
- Nossa o senhor está muito sujo e parece cansado, precisa de alguma coisa.
- Meu Deus, como você é linda, acho que estou no paraíso.
- Moço, eu quero lhe ajudar, mas se continuar com galanteios furados terei de deixa-lo a própria sorte. Meu pai tem uma espingarda e sabe usa-la, portanto, se veio com alguma intenção errada, vá embora.
- Não, por favor, me perdoe. Estou andando por dias em estradas sem comer nada e sem saber onde estou. Preciso apenas de um pouco de água, alguma comida e orientações de como voltar para onde vim.
Renata convidou Carlos para entrar, lhe deu o que comer, matou a sua sede e pediu que tomasse um banho e usasse algumas roupas de seu pai. Carlos sentiu-se bem melhor depois de tudo e agradecido quis saber o que uma moça tão linda fazia em um lugar tão escondido da cidade.
Carlos e Renata começaram ali uma história de amor tão bonita, que hoje, ao invés de celebrarmos o dia dos namorados em geral, poderíamos celebrar apenas o dia do amor desses dois jovens que superando as diferenças resolveram apostar na felicidade.