Na cabeça de algumas pessoas tudo deve funcionar como sempre funcionou, não pode mudar. É imprescindível, para elas, que a situação se mantenha tal e qual sempre foi, porque qualquer alteração pode causar danos irreparáveis. Isso acontece sempre que elas se sentem ameaçadas por algo ou alguém. De alguma forma ativam um sistema de defesa e rechaçam o novo, limitando-se a continuar fazendo o trivial.
Isso não tem uma explicação plausível e suponho que nem mesmo os envolvidos saibam a razão do exacerbado temor do novo. O fato é que as mudanças dão um frio na barriga, a sensação de estar começando algo novo causa apreensão. É natural, mas alguns não conseguem lidar com isso e transformam essas sensações em uma barreira que os impede de mudar, de pelo menos tentar. O próximo passo torna-se longo, o caminhar fica cansativo e a desistência é o resultado final.
A manutenção do que já é conhecido, experimentado e exaustivamente vivenciado, apenas mantém essas pessoas no mesmo lugar que elas já estão. Não há movimentação, não há novas experiências. O cômodo conformismo permite a “gratificante” e perigosa sensação de bem estar, de dever cumprido, mesmo que essa sensação seja a mesma faça frio ou faça sol.
