“Prezado conselheiro, há cinco anos conheci o Roberto e nos apaixonamos. Ele é o homem que eu sempre quis, carinhoso, atencioso, dedicado e cumpridor dos seus deveres para com a sociedade. Só que feio. Isso não me incomodava muito no começo, pois quase não saíamos, nossa rotina era ficar mais em casa e de quando em vez ir ao cinema. De uns tempos para cá passamos a frequentar festas de amigos, bares e outros locais públicos e aí a falta de “jeito” dele, começou a me preocupar. O que fazer?”.
Hoje é um excelente dia para ter alegria e estou muito feliz de poder começar esse dia respondendo a um questionamento como esse. São dúvidas como essa, de pessoas como essa, que passam por esse tipo de situação, que me fazem manter o foco em ajudar a tornar o mundo menos centrado na estética.
O que a jovem leitora deseja é ouvir de mim uma resposta que atenda seus anseios, mas quais seriam esses anseios? O que realmente ela quer que ainda não descobriu? O que ela pensa ainda não saber é aquilo que ela não tem coragem de fazer. É sempre o mesmo tipo de argumento:
“Ele é isso, é aquilo, é um monte de coisas, mas não serve...” E porque ele não serve? Ele não serve porque a pessoa deseja algo além do que ela tem, ela deseja algo que não existe e por isso, nunca vai encontrar. O resumo dessa história é que um dia ela vai se cansar de procurar e vai decidir ficar com o que tem, mas até que isso aconteça terá perdido grandes pessoas, que serão descartadas por não se encaixarem em seus ideais.
Cara leitora, sendo o mais direto possível, posso lhe dizer com todas as letras que o que você deve fazer é parar de procurar a beleza exterior do seu par e se concentrar no que ele tem de melhor a lhe oferecer. Ele pode não ser um galã de novela, mas pela sua descrição é o homem que hoje faz você feliz e como hoje é um bom dia para se ter alegria, porque não celebrar essa alegria ao lado dele.
