“Prezado conselheiro, comecei a namorar o Júlio quando eu tinha doze anos. Éramos muito crianças, inocentes e eu não tinha a mínima ideia e muito menos a pretensão de que ele seria o homem da minha vida. Crescemos, mas parece que somente eu fui contemplada com a evolução. Ele regrediu e ao invés de se tornar um homem vistoso, transformou-se em um bichinho bem feio. O que eu faço?”
Querida amiga, não se preocupe. O que você vivencia hoje já aconteceu com inúmeros casais espalhados por aí e é bem comum. Sou obrigado a lhe perguntar se você gosta realmente dele a ponto de esquecer que ele é um quadro abstrato?
Pergunto isso, não porque vou lhe dizer que o amor a tudo supera, mas porque acredito que se você realmente o amasse, não estaria me consultando. Poderia, mas a consulta não seria por esse motivo. Talvez você estivesse me perguntando sobre o porquê ele não lhe pede em casamento, sobre o porquê vocês não conversam depois do sexo, mas não faria uma pergunta meramente estética.
A beleza que você diz que ele não possui, é a que você idealizou, porque não existe um padrão de beleza pré-estabelecido. Você queria que ele fosse o galã da revista, o príncipe encantado dos seus sonhos, mas ele não é e isso te incomoda. Ele é apenas o mesmo rapaz que você conheceu quando tinha doze anos.
Respondendo a sua pergunta acho que você deve fazer o que achar melhor. Caso não consiga superar a aparência dele, parta para outra e seja feliz.