Modernidades a parte, não consigo entender e nem pretendo, essa distinção toda. Em minha humilde concepção da coisa o que serve para a cama deveria servir para a mesa e o contrario também. Diferenciar o que se deita e o que não se deita, é algo que não passa pela minha cabeça, mas que vejo acontecer com frequência.
Não estou sequer cogitando ou levantando a falsa teoria de que um tem o filé e o outro o osso, pois isso não pode ser determinado dessa forma. Ambos têm uma parte do todo e é essa a questão que me intriga, pois penso que o todo não deveria ser dividido.
Qual o sentido de se aproveitar apenas de um momento? Porque não estar presente em todo o processo? Porque e como determinar que o que serve para a mesa, não está apto para servir na cama?
Dificilmente a resposta a estas perguntas vai me convencer e fico com a prerrogativa do poder de livre escolha de ambas as partes. Os que separam uma coisa da outra estão no mesmo patamar dos que se contentam com apenas uma das coisas.
É obvio que existem casos e casos, cada qual com a sua particularidade, mas em geral quando uma pessoa não consegue manter uma constância, precisando sempre de “socorro” e apenas quando lhe é conveniente, seja na mesa ou na cama, alguma coisa está errada.