Falem o que quiser de mim, menos que eu não sou sincero ou que não vou direto ao ponto. Prefiro pecar pelo excesso do que pela omissão, pois nunca fui muito chegado a metades. O que se divide, o que se omite com floreios, não faz o meu estilo. Para agradar eu acho bem melhor colocar logo o dedo na ferida do que maquiar aquilo que todo mundo vê.
Nos dias de hoje todo mundo pisa em ovos, porque tem essa coisa do politicamente correto e aqueles que “ousam” falar as coisas como elas são, são taxados de ignorantes, insensíveis e um bando de outras coisas que variam de acordo com a situação. Nunca tive medo de adjetivos, fiquem a vontade, pois prefiro e vou continuar a ser esse que fala o que pensa do que aquele que pensa demais e fala o que considera de acordo com os “padrões”.
Começa que esse lance de aceitável, padronizável, preparado, é bonito nos livros e na televisão, onde existem as regras do meio. No dia a dia, mais bonito é aquele soco bem no meio do queixo, aquele que derruba os que não estão preparados, mas que é honesto porque é sincero. Antes ouvir uma verdade olho no olho do que escutar um elogio inventado para não machucar.
A sinceridade nunca machuca aqueles que a praticam, mas agride aqueles que são adeptos do meio termo, das palavras cheias de enfeite. O mundo está chato demais, as pessoas estão frescas demais, melindrosas, medrosas, modorrentas. Não se acham mais aqueles seres sem vergonha da felicidade, sem medo de falar e ouvir algumas verdades. Os poucos que ainda resistem não são bem aceitos.
Eu faço parte do seleto grupo que prefere o risco, que fala o que pensa e não mede esforços para ser original. Posso perder um amigo, mas não perco a honestidade e pensando bem, se algum amigo meu se incomoda com o meu jeito, é porque não é lá muito meu amigo. Os que são sabem e os que sabem estão prontos para não se assustar.