Vai perder a linha em pleno feriado e não vai voltar. Perder a linha é pouco, natural e tão simples, que chega a ser desinteressante. Sim, quando as coisas são fáceis demais, dadas demais, sempre acontece o desinteresse. Lá no fundo ou nem tão fundo assim, toda a mulher tem dentro de si aquele que de ousadia e isso não deveria ser nenhuma novidade ou algo de outro mundo, mas é. O desconhecimento é tamanho que até mesmo elas, se espantam ao se darem conta de que há uma chama acesa queimando por dentro.
Por décadas elas foram tolhidas e proibidas de expressar seus sentimentos, foram tachadas de impuras e outros adjetivos. Em algum momento na historia queimaram peças intimas, reivindicaram direitos, assumiram posições, mas não se libertaram por completo. O mundo mudou, os assuntos polêmicos puderam ser debatidos em praça publica e ficou mais fácil para elas ousarem em todos os sentidos. O que antes era tabu, hoje é moda.
Elas perderam a vergonha de abusar das referencias, de falar sobre o próprio corpo e de buscar, tal e qual os homens, o prazer pelo prazer. Acabou-se aquela história de sexo apenas pelo amor. Elas não são obrigadas a se limitar, podar, esconder. As queixas de hoje são as de que elas estão mais abusadas, atiradas e exigentes. A santinha do pau oco largou a suposta santidade e assumiu a liberdade de ser o que é.