É tão fácil, ou melhor dizendo cômodo, mas também poderíamos dizer covarde, delegar a outros a missão de se fazer entender. Esperar que possam encontrar respostas para as perguntas que você não sabe quais são, acreditar que tudo o que acontece tem haver menos com você mesmo e mais com os outros, são algumas das formas de se auto sabotar, de esperar e não agir.
A mente cria vários cenários a todo instante, monta estratégias, pensa em caminhos, atalhos e está pronta para a qualquer momento, entrar em colapso. Esse é o tipo de coisa que acontece com mais frequência do que se imagina, pois em fração de segundos o que era um castelo de sonhos transforma-se em um amontoado de dúvidas. Imagens do subconsciente veem a tona, mensagens codificadas atrapalham os pensamentos e o resultado é a velha crise existencial, onde se começa a questionar toda uma trajetória.
Nada é mais normal do que se questionar, duvidar, ousar achar que está tudo errado, até porque realmente as coisas podem não estar certas. O que não se pode fazer é fugir da responsabilidade de assumir o comando e resolver a questão, por mais difícil que possa parecer. A tarefa de consertar as coisas é única e exclusivamente sua, seja como for, desde que você faça isso, mesmo que com medo.
A construção e o desenvolvimento de todo o processo interno cria alicerces para que exista um suporte sólido e para que a luz no fim do túnel seja encontrada sem maiores sobressaltos, mas para isso é necessário que as crises sejam enfrentadas e não ignoradas.