Acordei de mau humor, com uma dor tremenda no estomago e você ainda estava lá chorando ao meu lado. Se tem coisa que não suporto é mulher grudenta, nojenta e chorona, dessas que não sabem mais quem são e ficam vagando feito almas penadas na vida da gente.
Escovei os dentes, lavei o rosto e você ainda estava naquela rama rama de sempre, se lamuriando pela noite de ontem, pela noite do mês passado e por todas as noites em que se deitou na minha cama, abriu as pernas e gozou. Porra, se não queria porque me deu?
Não tomei nem o café que é para não sentir o gosto amargo do açúcar misturado com as labaredas de ódio que explodiam dentro de mim. Fui ao armário, juntei seus trapos, escolhi a sua melhor roupa, vesti você e mandei a merda. Simples.
Você foi chorando, mas foi. Aquele alivio que tive quando ouvi a porta bater, você não pode imaginar, foi fundamental para que eu conseguisse assistir ao noticiário na TV e ainda comer o ultimo biscoito do pacote. É desnecessário dizer que não vou sentir sua falta, nem um pouco.