E por ela sou alimentado com a abnegação de sempre. Eu a suporto assim como ela me persegue, e fere. E mata um pouco a cada dia, a todo instante.
É uma dor constante, dessas latentes que vem de repente e invade sem pedir licença. Causa ferida que fica aberta, exposta sangrando e pulsando, quente. Ardente.
Eu ignoro essa dor e sigo em frente sem olhar para trás, sou fraco o bastante para isso e forte o suficiente para temer o que ainda está por vir.
Compreendo essa dor. Assumo essa dor, que guardo aqui dentro do peito e dela me faço refém. Por querer, por desdém. Mero desleixo de quem não sabe aquilo que tem e se fortalece enquanto vivencia essa dor.