Bravatas são contadas aos quatro ventos como se fossem capazes de amainar a dor que latente, assola o peito e aflige a alma. Algumas pessoas acham que se vangloriando de coisas que não fizeram, não farão e muito menos tem condições de fazer, vão se sentir melhores ou fazer com que os outros se sintam piores.
Enquanto uns falam, demais, outros se calam e assim permanecem, apenas assistindo ao show. A vida nos permite assistir de camarote e com todo o conforto, o show daqueles que querem ser o centro das atenções, os que precisam causar para se sentirem aceitos.
Para esses, não basta viver, tentar ser feliz, é preciso compartilhar essa pretensa felicidade, expor ao mundo cada passo de sua pobre existência. Um segredo aqui, outro ali e tudo é dividido a espera da aprovação geral, que nunca é vista com bons olhos, mas é sempre indiretamente solicitada.
Espera-se um convite, um aceno, uma indignação que nunca vem e o silêncio do outro incomoda a ponto de fazer com que essas pessoas gritem ainda mais na esperança de serem ouvidas. Essas pessoas vivem a vida ao contrário, falam antes de fazer e quando fazem precisam provar para si mesmas, que fizeram.