Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que você sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu
Cada vez que você chorar
O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver
A flor do seu sorriso se abrir
Hum!
Deus fará
Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo o que Ele consentir
Gilberto Gil
Filho da puta nenhum vem me perguntar se estou bem, se ainda não morri ou, pelo menos, me dar um misero bom dia. As relações de cordialidade hoje em dia foram para a puta que pariu e ai daquele que reclamar, é o primeiro a ser espinafrado. Os tempos são outros, mas eu sou a mesma e não estou nem aí para toda essa mudança, quero as coisas como elas eram e deveriam continuar a ser.
Valor e atenção se dão a quem merece e não a quem se quer, porque em geral quando você é muito solicita com alguém essa pessoa acha que pode usar, abusar e pisar. Respeito? Consideração? Para que, você já está lá de pernas abertas mesmo. É por essas e outras que esse lance de dar no primeiro encontro tem que ser sem culpa e nem expectativa. Todas nós sabemos que eles não ligam no dia seguinte, não mandam flores e nem se importam se gostamos ou não. Eles gozaram e fim, foi bom para eles e acabou.
Aprendi desde muito cedo que temos de ser independentes e não depender de homem, seja chefe, pai, marido ou irmão. Alguns prestam e não concordo com as recalcadas que teimam em dizer que todos são farinha do mesmo saco. Os que prestam são justamente aqueles para quem não damos atenção e isso não tem haver com beleza ou conta bancária, não damos atenção porque em geral lhes falta algo mais. Mais tempero, mais ousadia e aptidão para a coisa. Temos nossa parcela de culpa no processo, mas sinto que eles acabam sendo bons demais e tudo o que é “perfeito” cansa. Uma estrada sem curvas dá sono.
Exigências temos aos montes, hormônios em ebulição idem, e por isso mesmo, não dá para viver a monotonia de uma vida feita de regras. A idade chega, a tecnologia avança e somos menos afetadas pelo tempo, mas tudo tem um preço e pagamos muito caro, para sair com o primeiro que se acha merecedor só porque pagou a conta do jantar ou tem um carro com ar condicionado.
Sim, estou solteira e não tenho problemas com isso. Os outros, aqueles que vivem de acordo com as normas de conduta da novela das oito, acham que eu já deveria estar casada e com pelo menos dois filhos. Um casal eles diriam. A merda eu os mando porque da minha vida eu que sei e decido quando e quantos filhos vou ter, se é que vou ter. Não nasci para casar e seguir todas aquelas formalidades de uma família margarina. Gosto mesmo é de estar junto independente de papel assinado ou aliança no dedo, o compromisso é com o bem querer e não com o que os outros vão pensar. Eles é que se explodam e eu que seja feliz do meu jeito, porque filho da puta nenhum vem me perguntar se estou bem...
Passando devagar pelo caminho que pode levar ao final da jornada, encontrei pétalas de rosa e margaridas espalhadas pelo chão, eu estava certo, o fim existe e não é tão ruim quanto eu pensava. Alias, por pensar demais, ainda não cheguei a lugar algum, mas descobri que preciso de mais suprimentos, a viagem é longa.
Como nem só de flores e suprimentos vive o homem, vou precisar também de um pouco de sorte e alguma pequena dose de ousadia para não ser surpreendido no exato momento da chegada. Será que a porta estará aberta? Será que vou encontrar as mesmas coisas que deixei? Será que todas as suposições, teorias e pensamentos desconexos vão me ajudar nesta hora? Acho que não, melhor mudar o foco e me concentrar no que realmente importa.
Coelhos de olhos azuis passam por mim e escondem-se atrás dos arbustos, o sol já se põe e ainda não alcancei a metade do caminho. O resto de forças que ainda tenho não será suficiente para um ultimo abraço e por isso vou descansar dois dias antes de prosseguir. Ainda é cedo para ter medo de escuro e tarde para voltar atrás.
Confesso que já me esqueci do seu sorriso, mas lembro-me com ternura da ultima vez que demos as mãos e caminhamos pela cidade olhando as cores, os detalhes, as pessoas apressadas e tudo aquilo que nunca fez parte da nossa vida. Balões ainda são frágeis, você ainda é linda e eu tolo demais a ponto de me perder. Não, eu não vou mais sofrer.
E tudo o que fizemos não foi em vão, as coisas acontecem quando tem que acontecer. Quem muito se dá às vezes pouco recebe e é assim que percebe que o mundo é cruel.
Pedaços de papel jogados ao leu, chuva de verdade caindo do céu, eu e você aqui neste lugar nada pode e vai nos separar. Leio nos teus olhos o que à boca não diz e no seu sorriso o que o corpo não consegue esconder.
Vai ser difícil continuar assim com tanta coisa por fazer e muito para acontecer, vai ser difícil não pensar em nós, principalmente em baixo dos lençóis. O amor vai triunfar e vamos celebrar o tempo perdido.
O amor é um bem maior, suplanta toda a dor e faz nascer algo bem maior. Eu vou te dizer, que amo você!
Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor,
Eu só quero amar você,
E quando amanhecer eu quero acordar
Do seu lado.
Vou escrever mais de um milhão de canções pra você ouvir,
Que meu amor é teu, teu sorriso me faz sorrir,
Eu vou de marte até a lua, ''cê'' sabe já tô na tua,
E não cabe tanta saudade essa verdade nua e crua,
Eu sei o que eu faço nosso caminho eu traço,
Um casal fora da lei ocupando o mesmo espaço
Se eu to contigo não ligo se o sol não aparecer
É que não faz sentido caminhar sem dar a mão pra você
Teu sonho impossível vai ser realidade,
Sei que o mundo tá terrível mas não vai ser a maldade que
Vai me tirar de você, eu faço você ver,
Pra tu sorrir eu faço o mundo inteiro saber que eu
Vou caçar mais um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor,
Eu só quero amar você
E quando amanhecer eu quero acordar
Do seu lado
Pra ter o teu sorriso descubro o paraíso ,
É só ver sua boca que eu perco o juízo por inteiro,
Sentimento verdadeiro eu e você ao som de janelle monáe,
Vem deixa acontecer,
Me abraça que o tempo não passa quando cê tá perto,
Dá a mão e vem comigo que eu vejo como eu tô certo,
Eu digo que te amo cê pede algo impossível,
Levanta da sua cama, hoje o céu está incrível.
Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí
E pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor
Eu só quero amar você,
E quando amanhecer eu quero acordar
Do seu lado.
Faço dos teus braços um lugar mais seguro,
Procurei paz em outro abraço, eu não achei eu juro,
Saio do compasso, passo apuros que vier,
Abro a janela pra que você possa ver
Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí,
Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor,
Eu só quero amar você,
E quando amanhecer eu quero acordar
Do seu lado.
Ivo Mozart, Adriel Menezes & Luiz Tomim
Porque você se esconde atrás de um muro de concreto, atrás de dogmas e idéias do século passado? Porque você usa mascaras e tenta parecer quem não é? Será que é medo de descobrir que tudo aquilo que você acreditou como sendo imutável, não existe e é apenas fruto da sua mente?
Você não quer acender a luz, prefere ficar no escuro sem ser vista. Incorpora o personagem que acha mais conveniente e segue como se nada estivesse acontecendo, contando com a compreensão daqueles que também fingem estar tudo bem, mas que no fundo, não conseguem compreender porque você age assim.
As feridas ainda estão lá e não vão se curar se você não quiser que isso aconteça. Colocar a culpa no passado é mais uma forma de reforçar o muro, de criar mais barreiras, impedindo ainda mais que você mesma se liberte. O que você de certo não deseja, pois pode se ver livre das amarras quando desejar.
O tempo vai passar e espero que perceba o quanto você se consome a cada dia nessa vã tentativa de se esconder de si mesma.
Não te desejo rios de dinheiro. Não te desejo um mar de facilidades e um oceano de alegrias, porque tudo isso passa, tudo isso acaba.
Não te desejo beleza infinda, sabedoria em excesso e nem que todos gostem de você.
O que lhe desejo é saúde para fazer o que precisa ser feito e chegar onde você deseja. Desejo a você obstáculos para que ao ultrapassá-los lembre-se sempre que as coisas não são fáceis e não relaxe. Não desista no primeiro desafio.
Desejo que chore quando sentir vontade e não se envergonhe de ser quem você sempre foi. Espero que nunca pense que sabe tudo e sempre esteja disposta a aprender cada vez mais com todos aqueles que cruzarem o seu caminho.
Desejo que mantenha por perto, ao alcance dos olhos, aqueles que não gostam de você e dentro do peito, bem perto do coração, aqueles que te amam.
Desejo a você toda sorte do mundo, para que a vida lhe sorria com o mesmo brilho que você sorri para ela.
1 – Quando as rodas de samba surgiram, não havia nenhum aparato tecnológico para “apoia-las”, eram apenas os instrumentos e o canto do povo.
2 – Nada contra as rodas de hoje, dotadas de toda a tecnologia possível para equalizar, amplificar e reproduzir fielmente o som dos instrumentos e o canto dos músicos.
3 – É muito mais bonito, infinitamente, quando a voz fala mais alto, sem nenhum tipo de recurso, além da boa e velha garganta.
Dito isto, tive a felicidade de assistir ao espetáculo do N R C Produto do Morro, no novo Relíquia Botequim em Niterói. Botequim de primeira linha, ambiente digno de nota e samba, eu disse samba e não esses pagodes que ouvimos por aí, de primeiríssima qualidade.
O N R C Produto do Morro é um daqueles grupos que fazem valer a pena e acreditar que o samba com S maiúsculo ainda resiste. A comercialização da coisa toda, o formato engessado e a grande utilização de “recursos”, ainda não conseguiu e nem vai, tomar conta da tradição.
Três ou mais tamborins, dois cavacos, um surdo, um tan tan e dois pandeiros (Atualização: Não é um tan tan e sim um repique de anel e sim, eles tem uma maravilhosa cuíca, da qual falo melhor mais abaixo), aliados a um repertorio de clássicos do samba, fazem toda a diferença. O N R C Produto do Morro, se apoia em Candeia, Casquinha, Velha, Monarco, Ismael Silva, Roberto Ribeiro, Joãozinho da Pecadora, Paulinho da Viola, na Portela, no Império, no samba “puro” e nas músicas que as rádios e as “rodas comerciais” não tocam.
O excelente clima que se forma com as pessoas cantando a plenos pulmões em volta da roda, e a qualidade dos músicos, torna tudo melhor. O samba flui solto e redondo. Não se ouvem os cavacos de longe, e para eles, talvez os “recursos” fossem uteis, mas isso não tira o brilho da coisa. Quem realmente gosta de samba e entende a diferença entre o que se ouve hoje e o que deveria ser obrigatório em qualquer roda de samba, vai entender o que estou falando quando tiver a feliz oportunidade de ouvir o N R C Produto do Morro
Ps.: O Relíquia Botequim em Niterói foi muito bem pensado. Um ambiente acolhedor, simples e bonito. Cerveja gelada como tem que ser, excelentes petiscos que fogem do convencional e muita gente bonita. Como eu sempre digo, os detalhes fazem a diferença e o atendimento é perfeito. Uma pena que o N R C Produto do Morro não seja “fixo” do local, pois o casamento foi perfeito.
Ps 2.: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é...”
Atualização.: E não é que me esqueci da cuíca, “atrasada”, mas magistral. Uma cuíca como aquela não se encontra em qualquer lugar e por falar nela, tenho visto muitos “músicos” acharem que sabem como tocar uma cuíca e para estes, aconselho fortemente, uma “aula” com o https://www.facebook.com/ze.pilintra.7. Conhecimento nunca é demais.
O maior beneficiário de todas as suas ações, é tão somente você mesmo. Indiretamente outras pessoas podem, e até vão, se beneficiar de seus atos, mas é você quem mais vai ganhar com isso.
Temos a errada mania de pensarmos no fim das coisas antes mesmo de começarmos a executa-las. Pensamos nos “benefícios” que poderemos obter, nas “vantagens” e até no que pode dar errado e tudo isso focando no que os outros vão pensar e ou fazer.
Não trabalhamos porque gostamos da profissão ou do emprego e sim porque dá “status” ou causa “inveja”. Não estudamos pelo conhecimento e sim pelo titulo, nos esforçamos pelo simples “prazer” de agradar e não de nos sentirmos bem. Mais do que estar, hoje é preciso ser.
No exato momento, no exato instante
Em que nós mergulhamos
É preciso entender
Que não estamos somente matando
Nossa fome na paixão
Pois o suor que escorre, não seca, não morre
E não pode e nem deve nunca ser em vão
São memórias de doce e de sal
Nosso bem, nosso mal
Gotas de recordação
E é importante que nos conheçamos a fundo
E saibamos quanto nos necessitamos
Pois eis aqui o fim o começo
A dor e a alegria, eis a noite, eis o dia
É a primeira vez, é de novo, outra vez
Sem ser novamente
É o passado somado ao presente
Colorindo o futuro que tanto buscamos
Por favor, compreendamos que é o
Princípio de tudo
Batendo com força em nossos corações
E é importante que nós dois saibamos
Que a vida está mais que nunca em nossas mãos
E assim nessa hora devemos despir
O que seja vaidade, o que seja orgulho
E do modo mais franco de ser
Vamos juntos nesse nosso mergulho.
Gonzaguinha
Eu vou ser um vencedor, o amor não vai morrer, eu sabia que você estaria a me esperar... E você esperou o tempo que foi preciso, você esperou e nunca se cansou. Eu não esperei, um dia fui embora, perdi a hora de encontrar a solução.
A vitória chegou, já raiou um novo dia, é o fim da agonia, viva quem tem ousadia. Tempestade já passou, horizonte anuncia que é chegada a nossa hora de viver com alegria. Quem chorava hoje canta, quem cantava não parou e todo povo se emocionou com a volta do nosso amor.
É primeiro de abril, puta que paril, alguém sorriu na avenida iluminada. O carnaval já acabou, a fantasia continuou e renasceu a linda flor que desabrochou para celebrar o nosso amor. Eu vou voltar a desfilar ano que vem, é sempre assim quando se quer alguém. O corpo se agita em emoção, a turma toda grita é um novo dia e final a gente é feliz.
Evoluímos a tal ponto que o que antes parecia ser impensável, hoje combina conforto com sensualidade. Poucos poderiam imaginar que um dia uma mulher usaria uma cueca, peça intima exclusivamente masculina até pouco tempo atrás.
Hoje existem cuecas feitas com exclusividade para elas, com modelagem especial que destaca as curvas, mas que mantém o estilo das feitas para os homens. Alguns homens ainda se espantam quando vêem uma mulher usando e preferem a tradicional combinação de calcinha e sutiã, mas grande maioria adorou a idéia de ver a amada apenas com camiseta e cueca, simples e ao mesmo tempo feminina.
Dizem que a coisa toda começou quando algumas mulheres “experimentaram” as cuecas de seus pares e se sentiram bem com elas. A combinação camisa masculina, em especial as sociais, e cueca, ainda que no começo o modelo masculino, ganhou força e caiu no gosto delas. A indústria da moda logo percebeu isso e tratou de fazer a cueca delas, que hoje vende tanto quanto as calcinhas comuns.
Parem as máquinas, se é que elas ainda funcionam, e repensem o mundo. Desfaçam as camas, desocupem os imóveis e aceitem a realidade como ela é. As pessoas precisam ter direito a não existir, elas precisam não ser criticadas por serem quem são. O nada, mesmo não sendo coisa alguma, não pode ser reprimido.
Metade dos que estão lendo este texto agora vão se identificar com o pleito e levantar do leito, não para irem as ruas, mas apenas para irem ao banheiro. Essa metade não está preocupada com os acontecimentos, não quer saber e muito menos fazer parte deles. Essa metade de seres que se dizem humanos, só quer o direito de não existir. O direito de não precisar se importar com o que acontece a sua volta.
Todos deveriam ter o direito de exercer essa vontade, deixando assim, para aqueles que querem, a tarefa de mover as engrenagens.
De todos os acasos, o mais interessante que poderia ter me acontecido. O sentimento mais estranho e ao mesmo tempo mais bonito que já conheci, você foi e ainda é aquela que sempre sonhei em conhecer e pertencer.
Mesmo com as voltas do mundo, a mudança dos ventos e a cheia das marés, sempre vamos estar unidos em pensamento. O quão importante você foi a minha vida não pode ser medido ou transcrito. A representação do que fomos e daquilo que nunca deixamos de ser não será retrato na estante e nem quadro na sala de estar, será memória guardada no coração.
Os dias felizes, os realizados, as turbulências e intempéries da vida, fazem parte de tudo o que tentamos, e conseguimos, construir. Com amor e sem pudor, com alma e sem repressão. Liberamos a mente para seguir e sonhar, mas não desfizemos os laços que ainda nos unem em forma de oração, como na canção. E por mais que fisicamente não estejamos mais ao lado um do outro, no plano maior, você não foi, você ainda é a mulher da minha vida.
A arte do encontro exige paciência e tato na seleção do que você considera como sendo ideal as suas pretensões. Nem todos os encontros são bem sucedidos, mas servem de aprendizado para os próximos. E os próximos nem precisam ser tantos, mas com certeza serão mais ricos que os anteriores, porque você já acumulou experiência para evitar decepcionar-se com pequenos desencontros.
Há que se ter em mente que a busca é contínua, ela não para mesmo que você acredite ter encontrado o que procurava, pois é justamente a partir daí que você precisa descobrir, penetrar, desvendar. Os encontros evoluem desde o momento em que os olhares se cruzam e as mãos se tocam. Os corpos tem a capacidade de transmitir informações valiosas e com essas informações começamos a nos conhecer.
Duas pessoas se encontram, elas se buscam e não se bastam apenas porque já se encontraram, elas agora precisam saber se esse encontro pode se transformar em algo maior ou se está fadado a ser apenas mais um entre tantos outros. O acréscimo de novidades, a quebra da rotina, quando ambos experimentam essas mesmas sensações, é sinal de que há uma via aberta para a continuidade.
Pensamentos em comum, sonhos compartilhados, os encontros ensejam que mais do que isso, haja também cumplicidade e alegria de se ter encontrado o ponto de partida para tudo aquilo que se deseja.
- Fuma?
- Não.
- Bebe em demasia, além do que eu já sei?
- Não.
- Drogas?
- Não.
- Nem um baseadinho?
- Nunca!
- Filhos?
- Nenhum.
- Quer ter?
- Sim, talvez.
- Talvez não é resposta. É sim ou não?
- Sim, já disse.
- Gosta de acordar cedo?
- Depende...
- Do que?
- Peraí, para que tantas perguntas assim? Não estou te entendendo.
- É que tem uma vaga em aberto e você é um provável candidato e preciso saber se tem os requisitos para preencher o cargo.
Você tem o direito de permanecer calado e tudo o que disser, pode, e será usado contra você.
Existem pessoas que acreditam nisso como um mantra para a toda vida e carregam consigo esse sentimento de impotência, essa coisa de nada fazerem com medo de serem prejudicados de alguma forma. Mais do que o beneficio, eles buscam evitar o comprometimento. Querem as flores sem a necessidade de colocar a mão na terra, querem os frutos sem o trabalho de subir na arvore.
Os famosos “paz sem voz” da música do grupo Rappa, encaixam-se em diversas situações e são os que mais “clamam” por justiça e igualdade, mas são os que menos se mexem para que isso aconteça. Mais do que ter atitude, eles têm grandes idéias sobre o que deve ser feito, mas querem que alguém execute suas idéias.
Não há nada de errado com o querer, com o desejo e com a indignação, mas todas essas coisas devem ser precedidas de atitude. Sem atitude as coisas não acontecem e as pedras não saem do lugar. É Isso que essas pessoas não entendem e nem querem fazer, a atitude delas se resume a desabafos “emocionados” escritos em um editor de texto e postados nas redes sociais. Lindos textos a cerca de como as coisas devem ser se alguém fizer com elas sejam assim.
É uma dor chata que incomoda por não ser de simples detecção, é uma dor latente que não cessa com facilidade. Começa a doer no momento em que ela parte e só passa no momento em que ela volta. Dor assim não mata, maltrata e agonia, faz sofrer e chorar, mas tem cura.
Dores de amor são de intensidade variada e quanto mais amor houver, menos dor haverá. Dói não porque se quer demais e sim porque quando se quer diferente, fica faltando algo e esse buraco, esse vazio, machuca.
O que dói não é saber-se não amado e sim sentir a indiferença, a frieza e a incapacidade de ignorar os sentimentos que brotam dentro do peito. O que dói não é a espera ou a incerteza da volta, dói não poder fazer aquilo que se quer, com quem se quer, no momento em que se quer.
E aquela dor chata, latente e que não cessa, vai perdurar até que os olhos voltem novamente a brilhar e a se encantar por outro sorriso. Quando o coração bater mais forte por outro coração, pode ser que a dor nunca mais apareça e desse dia em diante, a alegria tome conta de tudo.
Ela vai estar ao seu lado usando a melhor lingerie ou até mesmo não usando nada, vocês vão passar a noite juntos, mas nada disso indica que vocês já são íntimos um do outro. Para uma mulher, intimidade é algo que não se tem assim com qualquer um.
Quando uma mulher quiser e for realmente intima sua, aí é que ela vai se mostrar por completo. Ela não vai estar nua ou usando uma roupa provocante, na intimidade ela estará usando um moletom velho de guerra ou uma camiseta comum, sem maquiagem e muito menos qualquer outro artifício. Vocês agora são íntimos um do outro e não precisam de “disfarces”.
E não existe coisa mais bonita do que uma mulher despida de inseguranças, sem vergonha de ser quem ela realmente é, sem a necessidade de “impressionar”. Ela deixa os cabelos ao natural, coloca os pés no chão e não se importa se está frio ou calor, ela fica a vontade com você ali a admirá-la.
Na intimidade com você ela vai deitar no seu colo e pedir cafuné sem receio de parecer boba, vai suspirar fundo e adormecer ao seu lado sabendo que pode confiar naquele que ela escolheu para ser o seu cúmplice.
Quando você não está pronto para ter uma, você não deve ter uma.
Mulheres não vêm com guia, bula ou prescrição. Mulheres vêm cheias de qualidades, mas também com alguns defeitos, uns de fabricação e outros adquiridos ao longo do tempo. O importante é que elas nunca deixam de serem mulheres.
Elas não se metamorfam em sapo como os príncipes, ditos encantados, não perdem o charme mesmo sendo “ogras” como a Fiona e muito menos a feminilidade, mesmo sendo guerreiras como a Lara Croft.
As mulheres, por ser quem são, precisam ser mantidas livres das amarras da caretice e do ciúme exagerado. Elas precisam ter espaço para serem elas mesmas, por isso é que você ao desejar ter uma em sua companhia, deve saber conviver com seus períodos de alegria e de tristeza.
A famosa TPM não foi escolha delas, assim como também elas não pediram para “sangrar” alguns dias em cada mês. As mudanças hormonais e de humor, juntas ou separadas, fazem parte do pacote. Sabendo atuar nesses momentos com compreensão, jogo de cintura, uma pequena dose de bom humor e algum chocolate, tudo se mantém estável. E no fim das contas, noves fora zero, se você deixar sua mulher ser ela mesma, só tem a ganhar com aquele olhar, o toque, o jeito certo de se vestir e se despir, a malicia e tudo o mais que só elas têm e sabem fazer.
Falou que ia e foi, disse que não voltava e não voltou. Tem palavra essa mulher, tem peito essa pequena. Atitude de verdade não é para qualquer um, independente de qualquer coisa.
A filha da mãe, e do pai também, largou-me as cinco no cais e foi para o aeroporto dar entrevista para maluco. Pretensão minha achar que ela viajaria comigo naquele cruzeiro interminável em que fui me meter.
Finda as entrevistas ela pegou o primeiro avião para bem longe e a ideia inicial era me encontrar na chegada do cruzeiro à ultima cidade do tour. Erramos a data, planejamos mal e ela foi para em outro lugar enquanto eu, lá, no fim do mundo, a esperava em vão.
O telefone que nunca chamou ou que sempre chamou, mas ninguém atendeu, nem eu e nem ela, os e-mails que nunca foram lidos ou foram e não tiveram resposta, nem minha e nem dela. A comunicação não foi das melhores, mas o desejo ainda era forte e por isso continuamos a tentar, tínhamos que nos encontrar.
Ela disse que ia, ela disse que não voltava. Ela foi e não voltou. Eu não fui, mas deveria ter ido. Voltei, mas não deveria ter retornado. Nos desencontramos mais uma vez e ela fez valer a sua lei, me deixou definitivamente.
O cais foi só um pretexto, a entrevista e a viagem também. O cruzeiro foi meu erro adolescente, minha fantasia de carnaval antecipada. O que vivemos foi um sonho mágico que não se concretizou.
Só queria te dizer que mudei, não de endereço ou de penteado e muito menos de roupa, mudei de atitude. Mudei de postura, incorporei novas vontades, novos desejos e antigos sonhos. Comecei a sorrir das pequenas coisas e a sentir com mais profundidade as emoções.
Queria te dizer que ainda sou aquele cara que você conheceu por acaso, aquele cara que nunca pensou em mais nada que não fosse a felicidade, mas que precisou perdê-la para reconhecer que ela sempre esteve ao seu lado.
Tantas coisas que tenho para te dizer, para mostrar, que nem sei se você vai prestar a atenção em tudo, se vai querer ouvir as histórias e as decisões que tive de tomar para chegar aqui. Tanto tempo separado, tanto tempo perdido.
E no meio de tudo isso, de tudo o que eu queria e vou te dizer, ainda tem espaço para sorrir.
Fico alegre só de imaginar você pensando em mim assim e mesmo querendo sim, dizendo não. É estranho gostar tanto de alguém, querer bem e não poder realizar o amor.
É frio aqui, cadê você que não vem me ver. O calor aumenta e a sua ausência me faz enlouquecer. Vou sonhar mais tarde e acordar bem cedo para o olhar o sol e pensar em nós.
Cabe aqui não reagir e até não desistir, cabe mais até sorrir. O que o pensamento trás e a lembrança faz voltar, é você aqui nesse lugar.
O tempo de nós dois ainda não se acabou. O tempo de nós dois tem muito mais para nos oferecer.
- Ganhei!
- Perdi!
- Não, ganhamos juntos. O que é meu é seu e o que é seu é meu!
- Espere aí... O que é seu até pode ser meu, mas o que é meu nunca será seu!
Enganam-se aqueles que ainda pensam que os direitos são iguais, que todos têm o seu lugar ao sol e que o que é de um, é de todos. Não, isso não existe e não acontece. Os direitos são iguais até quando atende a ambas as partes, pois no momento em que uma das partes julga conveniente a dita igualdade acaba.
As mulheres conquistaram vários direitos, tiveram muitas vitórias, mas são as primeiras a continuar com o pensamento dito por elas como machista e antiquado. Apesar de toda a independência, todo crescimento e desenvolvimento, sempre acham que o papel do homem não muda.
Aqueles que mais pedem por mudanças são os que menos mudam e os que mais lutam pela defesa da igualdade são os que menos entendem que essa igualdade não faz as coisas serem iguais.
Tão bela fica uma mulher vestida de acordo em cada ocasião. Em uma festa mais formal, em um jantar casual, em um passeio na praia e em todas as outras ocasiões, festivas ou não, em que ela precise estar presente.
Agora, mais bela ainda fica uma mulher que se veste sem a intenção de ser e ou parecer, que se veste com simplicidade e sem se importar com o que está ou não na moda. Uma mulher que não perde horas diante do armário escolhendo o que vestir, que não fica preocupada se a bolsa combina com o sapato, que sabe e não tem frescura, consegue ser única onde quer que esteja.
Mulheres quando querem encantar não precisam de maquiagem, jóias e ou outros artifícios, quando querem realmente impressionar elas soltam os cabelos naturalmente, lavam o rosto e pronto. Uma camisa, que se for a sua melhor, pés descalços e só. Ela não precisa mostrar o corpo, ser vulgar ou tentar ser o que não é.
A beleza está naquilo que não se pode comprar, está no sorriso e no modo dela não precisar se esforçar para ser notada por quem ela mais deseja agradar, você.
Pensei muito antes de começar a escrever, pensei em todas as coisas que queria dizer, naquelas que era necessário ocultar e no que realmente eu estava querendo por no papel ou na tela do computador. O que deveria aparecer? O meu verdadeiro eu, com todas as suas imperfeições ou um eu que não existe?
Antes de colocar os dedos no teclado e digitar as letras que formam as palavras, que formam as frases, que formam este texto, demorei um bom tempo perdendo o medo de não parecer sincero o suficiente. Eu não queria simplesmente frases soltas e sem sentido, eu não queria um texto qualquer, eu queria algo que fosse exatamente um reflexo dos meus sentimentos.
Aí sai um “a”, depois vem um “b” e o alfabeto se descortina, mas não faz sentido. Apago tudo e começo de outro jeito, digito um “z” e o alfabeto agora sai ao contrario. Não adianta, as palavras não vem e quando vem não se encaixam, o texto não sai. A inspiração é a tela em branco e a necessidade de ter algo para compartilhar, mas tem que ser algo escrito por mim e não um texto, ainda que bom, de outro escritor ou compositor.
O tempo passa, o cérebro congela e só o que consigo é a agonia de não ter o que dizer, não ter o que escrever. O ultimo sopro de esperança se esvai e sei que posso continuar por horas que nada vai fazer com que um texto se materialize. Não vou insistir, melhor descansar e deixar que a mente produza em sonhos, o que acordada ela não conseguiu.
Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol no céu da cidade
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando
Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade
Quem é você, oh oh oh qual o seu nome
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Caetano Veloso
A simplificação do amor vira “mô”, a maximização vira “vida”, “tudo”. Os que vêem a beleza acima de tudo usam “linda”, os que têm um pé na realeza chamam de “princesa”, “rainha”. Têm aqueles que encontraram um “tesouro” ou a sua “riqueza”. De todo modo, não importando como, todo mundo tem um nome carinhoso para chamar o seu par.
Na maior parte dos casos as pessoas seguem as tendências e não são tão originais, dificilmente vemos nomes feitos especialmente para aquela pessoa. Quando o nome não um dos que todos costumam usar, o casal o usa mais na intimidade.
É claro que alguns casais não se preocupam com as convenções e usam nomes esdrúxulos como “bujãozinho”, “feioso” e outros. Esses casais, apesar de parecer, não estão se ofendendo e sim fazendo o mesmo que aqueles que usam nomes tidos como carinhosos.
E no fim das contas o que importa não é o nome ou seu real significado e sim o sentimento que um tem pelo outro.
- Está bem, você gosta de mim e eu acho que isso pode ser bom, desde que eu não seja obrigado a também gostar de você.
- Claro, para você o que é bom é sempre o que não é bom para mim. Se gosto de verde, você gosta de azul. Quando quero ir ao cinema, você quer ficar em casa. Não consigo te entender.
- Não estou pedindo que me entenda, apenas pedindo que eu não seja obrigado a gostar de você.
- E você não é obrigado, nunca lhe pedi isso.
- Mas não é assim que parece...
- Como assim?
- Você fala de um jeito que me põe contra a parede e acabo ficando sem jeito.
- Então não falo mais, apenas te amo em silencio.
- Em silencio como quem diz com o coração?
- Em silencio como quem fala com a alma.
Ela nunca mais disse nada, mudou-se para sua própria casa, comprou um cão de estimação e roupas novas. Ele seguiu sua vida e começou a sentir falta dela quando precisava conversar com alguém em quem ele confiasse.
- Porque você não volta?
- Porque você acha que devo voltar?
- Porque simplesmente você não volta por que me ama?
- Porque acho que isso não é o bastante.
- E o que seria o bastante para você?
- Não existe o bastante, o que não transborda, não invade, não extrapola, é limitado e o que é limitado não me satisfaz.
Ela mudou de emprego, fez novos amigos e conheceu o Tomas. Ele não conseguia mais se concentrar, passou a beber e a deixar de sair nos finais de semana.
- Você está mais bonita.
- Obrigada.
- Você está feliz sem longe de mim?
- Estou.
- Porque não fala comigo direito?
- Você faz muitas perguntas para as quais você sabe as respostas.
Ela ficou noiva, mudou-se para a casa do Tomas e começou a pensar em engravidar. Ele só saia de casa para o trabalho e do trabalho para casa, deixou cabelo crescer e não conseguia mais sorrir.
- Eu te amo.
- Já te amei também um dia.
- Não ama mais?
- Amo, mas não como antes.
- Pena, pois só agora descobri que sempre te amei.
Eu já falei, vacilei, dei mole pra caramba e me ferrei. Eu me enforquei, descumpri a lei e passei por cima do meu pobre coração. Não pensei em ninguém, quis a todo custo me dar bem, não resisti.
Aconteceu não tem mais volta, não adianta a revolta, o que está feito é passado, vamos cada um para o seu lado. Acabou, não dá mais, é finito, nosso amor não criou liga. Entenda é assim que tem que ser.
Quis alguém que fosse assim, não premeditei coisa alguma e nem fiz nada por fazer ou apenas por prazer. Você sofreu, eu sofri, estamos quites até nisso, ninguém perdeu, ninguém ganhou.
Migalhas de afeto distribuídas por aí nem aos pombos tem serventia, aos seres humanos muito menos, mas existem aqueles que se alimentam de migalhas.
A falta de amor próprio, a solidão, a esperança e a desilusão fazem com que estas pessoas busquem em algo ou alguém um alento para os seus dias de frio. Elas não pedem muito, sabem que vão receber pouco e se contentam às vezes com nada.
O que estas pessoas não veem é que quanto mais elas se dão, quanto mais elas se ofertam desesperadamente como quem tem sede no deserto, mais elas são relegadas a própria sorte, mais sofrem com o descaso. Elas se permitem ao abuso psicológico, muitas vezes também o físico, porque acham que assim se fazem merecedoras daquilo que recebem, mesmo que só recebam restos.
Estas pessoas precisam redescobrir o prazer de não precisarem depender do afeto de ninguém para serem felizes.
O café bem quente soltando fumaça e exalando seu odor característico por todos os lados teimava em lembrar aos envolvidos que era hora de levantar, tomar uma decisão e fazer as coisas acontecerem. Os envolvidos não estavam distantes da realidade, apenas haviam perdido a noção da hora e não queriam ter que voltar às mesmas responsabilidades de antes.
Ele, 45 anos, divorciado.
Ela, 38 anos, solteira.
Ele, dono de uma confecção e workaholic assumido, tem plena convicção de que foi isso que acabou com seu casamento e que pode também minar suas futuras relações.
Ela, gerente de processos de uma grande empresa e boa vivant assumida, tem plena convicção de que isso a afasta de muitos homens, que inseguros não conseguem lidar com uma mulher bonita, inteligente e independente.
Estavam em uma festa de um amigo em comum e por obra do acaso conheceram-se, encantaram-se e ficaram juntos na festa, no bar, no carro e por fim na casa dela. Fizeram sexo no quarto, não necessariamente apenas na cama, na sala, na cozinha e no banheiro. Beberam vinho, três garrafas, água e champanhe. Tomaram folego, perderam a respiração, tiveram calafrios, arrepios e muito prazer.
Ao meio dia, ao acordar, ela se lembrou da reunião importante com o diretor, ele se lembrou da compra urgente de tecidos para a nova coleção e decidiram então, apenas tomar aquele café bem quente, relaxar e esquecer o mundo lá fora.
Bem que eu tentei
Fazer minha lei
Não encontrei
Na incerteza me precipitei
Sofro de ausência
Total carência
Tanta imprudência
Quanta força, não há resistência
Se eu tivesse o poder
Faria de tudo pra você voltar
Faria absurdo pra me perdoar
Voltava no tempo pra tudo mudar
Se eu tivesse o poder
Faria de novo meu peito sorrir
Mandava de pressa a tristeza fugir
Num toque de mágica continuar
Se eu tivesse o poder
De driblar o coração
Pra poder te esquecer
Um dia em um reino distante uma bela princesa caiu em sono profundo e todos no reino, consternados e tristes, não sabiam o que fazer. A princesa, querida por todos, não mais respondia aos chamados e nem emprestava sua beleza ao lugar. O reino ficou frio e sem cor.
O rei, ao perceber o que estava acontecendo, junto com seus assessores tomou a decisão de convocar o perito local para examinar a princesa e dar o seu parecer sobre o caso. O perito, tão logo chegou, constatou morte por assassinato, seis tiros haviam ceifado a vida da bela e jovem princesa.
O que era suspeita tornou-se realidade, a princesa não mais voltaria ao convívio dos seus. O reino não sentiria mais seu perfume e toda a sua obra seria apenas e tão somente lembrada por aqueles que lhe eram fieis. Mas haviam pessoas no reino que não gostavam da princesa e não estavam nem aí para a sua morte.
Essas pessoas começaram a questionar os feitos da princesa, começaram a caçoar daquilo que ela havia feito e difamá-la, sem que a mesma pudesse se defender, afinal ela estava morta, não poderia. Isso magoou todos que gostavam dela, era inconcebível ouvir coisas absurdas e sem fundamento, as pessoas não precisavam passar por esse tipo de situação.
Incomodados, eles foram ao rei e exigiram uma solução. O rei pacientemente ouviu a todos e a partir daquele dia decretou que cada um devia ficar com as suas lembranças, guarda-las para si e com elas permanecer. Sendo elas boas ou más, não precisariam ser externadas, deveriam ficar dentro do peito e na mente.
Todos então entenderam que defunto morto e enterrado não deve mais ser incomodado.
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