É uma dor chata que incomoda por não ser de simples detecção, é uma dor latente que não cessa com facilidade. Começa a doer no momento em que ela parte e só passa no momento em que ela volta. Dor assim não mata, maltrata e agonia, faz sofrer e chorar, mas tem cura.
Dores de amor são de intensidade variada e quanto mais amor houver, menos dor haverá. Dói não porque se quer demais e sim porque quando se quer diferente, fica faltando algo e esse buraco, esse vazio, machuca.
O que dói não é saber-se não amado e sim sentir a indiferença, a frieza e a incapacidade de ignorar os sentimentos que brotam dentro do peito. O que dói não é a espera ou a incerteza da volta, dói não poder fazer aquilo que se quer, com quem se quer, no momento em que se quer.
E aquela dor chata, latente e que não cessa, vai perdurar até que os olhos voltem novamente a brilhar e a se encantar por outro sorriso. Quando o coração bater mais forte por outro coração, pode ser que a dor nunca mais apareça e desse dia em diante, a alegria tome conta de tudo.