Um dia em um reino distante uma bela princesa caiu em sono profundo e todos no reino, consternados e tristes, não sabiam o que fazer. A princesa, querida por todos, não mais respondia aos chamados e nem emprestava sua beleza ao lugar. O reino ficou frio e sem cor.
O rei, ao perceber o que estava acontecendo, junto com seus assessores tomou a decisão de convocar o perito local para examinar a princesa e dar o seu parecer sobre o caso. O perito, tão logo chegou, constatou morte por assassinato, seis tiros haviam ceifado a vida da bela e jovem princesa.
O que era suspeita tornou-se realidade, a princesa não mais voltaria ao convívio dos seus. O reino não sentiria mais seu perfume e toda a sua obra seria apenas e tão somente lembrada por aqueles que lhe eram fieis. Mas haviam pessoas no reino que não gostavam da princesa e não estavam nem aí para a sua morte.
Essas pessoas começaram a questionar os feitos da princesa, começaram a caçoar daquilo que ela havia feito e difamá-la, sem que a mesma pudesse se defender, afinal ela estava morta, não poderia. Isso magoou todos que gostavam dela, era inconcebível ouvir coisas absurdas e sem fundamento, as pessoas não precisavam passar por esse tipo de situação.
Incomodados, eles foram ao rei e exigiram uma solução. O rei pacientemente ouviu a todos e a partir daquele dia decretou que cada um devia ficar com as suas lembranças, guarda-las para si e com elas permanecer. Sendo elas boas ou más, não precisariam ser externadas, deveriam ficar dentro do peito e na mente.
Todos então entenderam que defunto morto e enterrado não deve mais ser incomodado.