Minha primeira namorada foi a Ângela e depois de muitas idas e vindas, casos e acasos, eis que estávamos juntos de novo. Começamos no colégio, como duas crianças.
Tivemos a nossa primeira vez juntos e descobrimos muitas afinidades. Ângela gostava de rock progressivo e eu de música nacional, ela curtia um vegetal e eu amarradão num boi sangrento. Dava certo porque na cama a química funcionava muito bem.
Depois da Ângela muitas passaram pelo papai, mas só algumas poucas podem dizer que fizeram realmente diferença. A maioria delas apenas fez figuração e encheu lingüiça enquanto eu não arrumava coisa melhor.
Não sou nenhuma coca-cola no deserto, mas faço bem o meu trabalho e cumpro com as minhas obrigações, portanto, acho que por isso é que nunca fiquei a pé.
Ângela dizia me amar e que nunca conseguiu se entregar plenamente para outro que não eu. É claro que eu tinha de acreditar nela, não tinha como duvidar de uma loira estonteante como ela. Era sonhar em duvidar e a imagem daquela bunda redonda me aparecia e eu esquecia todas as bobagens.
Sabe bunda de cinema? Então, a da Ângela era muito melhor... Não era gigante e flácida como as da moda, era no tamanho certo da minha fome, tipo Whopper do Burger king. Assim que eu conheci a Ângela pirei naquele traseiro.
Mas o lance é que ela tinha muitos outros atributos especiais, como o... Bom, ela era legal pacas e o resto são detalhes que acrescentam e só isso já está de bom tamanho.
Peguei a Ângela no trabalho e fomos direto para minha casa. No caminho a senti diferente e não deu outra, antes de chegarmos ela já cantou a pedra, queria terminar.
- A aliança de noivado que eu lhe dei não significa nada?
- Sim, significa que você é um tremendo de um filho da puta que tem a cara de me dar uma aliança num dia e se atracar com outra logo depois.
- Ta falando da Brenda?
- Ah, o nome dela é Brenda? Bom saber que a vagabunda tem nome e que você se lembra dele direitinho.