- Marisa sou suspeito para falar, mas se você gostasse da coisa, essa casa ia tremer.
- Ia tremer com você dando uma de otário. Você sabe que meu lance é o mesmo que o seu ou você acha que as rachadinhas do mundo são todas suas.
Marisa é irmã da Maíra e se enveredou por caminhos opostos. Gostava mesmo era de mulher, mas não se enquadrava e nem suportava o cenário lésbico atual. Dizia ser muito careta para essas coisas de tribo e grupinho fechado.
Adorava um barzinho com os amigos e as amigas. Paquerava normalmente sem a menor preocupação e quase sempre se dava bem. O lance dela não ficar restrita a ambientes tidos como “ideais”, fazia o seu campo de ação bem maior.
Sempre que podia eu colocava uma pilha, quem sabe não colava e eu descolava a Marisa. Difícil eu sei, mas não impossível.
Meia noite larguei as duas e fui dormir porque elas não faziam porra nenhuma no dia seguinte, mas eu tinha de estar no escritório as nove em ponto. Reunião de orçamento em plena terça feira, ninguém merece.
Quem sabe não era uma punição por ter comido a estagiária? Mesmo se fosse, eu comeria de novo assim mesmo. Valeu muito à pena.