domingo, junho 30, 2013

E não é

e não é

Santinha do pau oco aquela lá. Santinha do pau oco literalmente. Não sei quem cunhou essa expressão, mas nela se encaixa como uma luva. Ela tem essa carinha de moça pura, inocente, frequentadora dos cultos matinais, mas a noite se transforma e sai do plumo.

Sobe a saia até o meio das coxas, e que coxas. Ajeita o decote o máximo que pode até os peitos saltarem para fora, pinta a boca de um vermelho mais quente que fogo e sai fogosa e faceira atiçando os homens por aí. Trabalha na zona mais popular da cidade, que alguns chamam de casa da luz vermelha, mas que de fato só tem uma lâmpada azul turquesa piscando sem parar.

Ela ia se casar com o Geraldo, o mais carola da cidade, mas de repente ele resolveu fazer teologia e se tornar pastor. Não que pastor não possa casar, até pode e o faz, mas o Geraldo achou por bem dela se separar. Com a rama de galhos que ele já tinha, foi melhor assim.

Tabata, nomezinho de puta, mas que todo mundo acha que é santa. Nada contra ela ser isso ou ser aquilo, cada um faz o que acha melhor da sua vida. O que acho interessante observar é que mesmo com todo o histórico, ela ainda consegue mexer com o meu coração.

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