quarta-feira, junho 12, 2013

Eu (não) te amo

eu nao te amo

Mandei flores, cartões bonitos com poemas originais, joias das mais caras e presentes inusitados. Disse não a monotonia, fugi do obvio, fui além e fiz diferente do que todo mundo faz. Não ousei pintando a testa de amarelo ousei fazendo coisas realmente novas e inesperadas.

Recebi flores, cartões horríveis com poemas fajutos, joias vagabundas e presentes estranhos. Era sempre a mesma coisa em todos os momentos, o obvio, ele não conseguia ir além e fazer diferente. Nunca foi ousado e quando tentou ou achou que estava sendo, fez coisas totalmente sem sentido.

Ninguém amou ou amará como eu, o que lhe devotei foi meu melhor e maior sentimento. Prometi e dei respeito, carinho, compreensão. Fui sincero em todos os momentos, até naqueles em que a sinceridade machucou e calou fundo o peito.

Ele nunca me amou, apenas estava lá enquanto foi cômoda a situação. Os sentimentos dele para comigo foram os mesmos que ele teria por qualquer uma. Respeito? Não sei se posso dizer que houve. Sempre confundiu grosseria com sinceridade e me machucou muito com suas palavras ditas sempre que ele julgava necessário mostrar-se superior.

Casamos apenas no civil, ela dispensou cerimonias religiosas e coisas afins. Passamos a lua de mel em uma praia paradisíaca e tenho certeza de que serei muito feliz ao lado dela.

Não nos casamos no religioso, pois realmente acho que não precisamos de ninguém nos dizendo que a coisa vai dar certo. Nossa lua de mel foi em uma praia decadente e tenho certeza de que não vou aguentar muito tempo ao lado dele.

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