Não há verdades que resistam ao mar bravio, não há mentiras que se perpetuem por tanto tempo a ponto de não serem notadas, descobertas, reveladas. Há sim, uma cortina de fumaça encobrindo à costa, não nos permitindo ver o mar e suas ondas calmas. Há todo um nevoeiro por trás dos acontecimentos, minando a vontade, matando o desejo.
Entre todas as coisas que consegui compreender nesta vida, existe uma em especial, que se aplica a esse momento e é o saber aceitar quando algo tem que seguir sem mim. Tão importante quanto ter forças para continuar é saber a hora de permitir que outro cumpra a missão de fazê-la feliz, de ocupar o seu lugar e dar a ela aquilo que ele tem de melhor.
Na sequencia dos fatos não existe essa coisa de vencedores e vencidos, mocinhos e vilões, culpados e inocentes. O que há são pessoas tentando fazer o melhor, fazendo o que sabem e em alguns casos, não obtendo o resultado esperado. Não há um derrotado. Há aquele que consegue o encaixe mais preciso, a sintonia fina.
Perder tempo, precioso, em busca de explicações, é o pior que se pode fazer. Achar que está em uma competição, também é algo que não se deve fazer. O melhor que se faz nesses momentos é torcer com todas as forças para que ele a faça feliz, muito feliz. Desejar que outro consiga aquilo que você tanto quis é uma forma de realizar, uma forma de indiretamente fazê-la feliz e ser feliz.