Estava batendo uma puta saudade, uma baita vontade, um forte desejo. Estava crescendo um grande sentimento, não um amor de momento ou emoção de rompante, estava ficando sério e era de verdade. Cresceu em mim, ficou tão grande que transbordou, não coube no peito.
Era falta do beijo, falta do corpo, falta da voz, falta de tudo aquilo que eu sempre quis.
Sentimentos tão distintos e tão próximos. Querer e não ter, poder e não conseguir. Estar lá em pensamento, não fisicamente.
Aquele exato momento em que a respiração fica mais lenta, o coração desacelera e tudo o que se quer é parar por alguns longos e preciosos instantes. O recomeço é fácil, a sequencia, esta sim, é dolorosa.
Não se completam partes daquilo que não existe. O que está feito, está, o que não está, talvez nunca seja feito.