Tem uma flor no meu olhar, tem uma flor bem diante de mim e eu não sei o que fazer. Como trata-la da maneira que ela merece? Como ser firme e ao mesmo tempo não ser bruto? Como manter a flor viva com toda a sua beleza sem sufoca-la com meus medos, minhas angustias, meus dilemas?
A flor do meu olhar só morrerá se e quando eu quiser, pois ela nasce do peito, transborda e agora está no meu olhar. Ela está no modo como vejo as coisas, na forma como lido com as emoções, os sentimentos, os momentos, tudo. Ela não é mais bela por ser minha e estar no meu olhar, nem menos bonita que as outras flores desse mundo, ela apenas é o que é.
Não tem cor especifica, não pede mais do que necessita, mas também não se contenta com o nada, as ilusões. Ela precisa ser cuidada constantemente, regada e tratada para que possa se desenvolver e existir de forma plena, independente.
A simplicidade de tudo a sua volta, a força do que não cessa, os imprevistos, tudo pode ajuda-la a se tornar mais forte ou pode contribuir para o seu recolhimento. Enquanto ela estiver recolhida sua beleza fica a espera de quem saiba aprecia-la para que possa mostrar-se novamente como sempre fez.