sexta-feira, janeiro 02, 2015

A impossibilidade das coisas mais simples

a impossibilidade das coisas simples

Facilmente encontrado nos lugares mais difíceis, facilmente visto circulando entre as pessoas de maior influencia na sociedade, cobiçado pelo mais alto escalão, produto feito para as massas, caro para o que oferece e se propõe, barato para o modo como é produzido, único. Entregue por vias tortuosas ele chega a seu destino sem muito alarde e em diversos formatos. Não contém substancias nocivas, mas contém substancias que podem ser prejudiciais se usadas em excesso e ou em desacordo com as normas.

É de simples compreensão enquanto em uso, mas de complicada aceitação quando em repouso. Possui arrojado design e em alguns casos torna-se peça de colecionador. Pode ser visto em museus, livros de história e manuais técnicos, desde os mais elaborados até os feitos de papel comum.

Sua invisibilidade latente, produto da combinação de suas propriedades mais intrínsecas com o meio, o torna ainda mais atraente, em especial para as mulheres. Hoje é subproduto de lanchonetes de fast food e restaurantes de comida oriental. Sinônimo de celebração é muito usado em eventos de gala e reuniões informais. Tem tudo ao mesmo tempo em que lhe falta o essencial.

Não existe, e talvez por isso, cause tanta celeuma em torno de sua suposta criação. Quem seria o gênio? Quem teria a honra? Que mente bolaria tal iguaria? Seria de comer, de vestir ou de sentir? Teria a forma de algo conhecido ou assumiria o status de ícone de uma era? Seria viável ou tão somente mais um delírio da mente daqueles que sonham com o impossível?

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