segunda-feira, agosto 15, 2016

O que não muda mais

o que nao muda mais

Ainda lembro-me da Helena do colégio e era quase um sacrilégio tê-la por perto e não poder tocar. Ainda sinto uma saudade muito grande da pessoa que fui antes e hoje mesmo tão distante, penso que por um instante o tempo poderia voltar.

Olhar adiante conhecer novas pessoas, ter ideias avançadas quando todos ainda estão celebrando o que passou. É tão frustrante repensar a juventude com toda essa maturidade e querer mudar aquilo que não pode mais ser mudado. Os pensamentos de hoje são consequência dos pensamentos lá de trás, os mesmos que hoje, talvez, eu julgue improcedentes.

Não preciso lamentar a Helena e nem todos os fatos, atos e decisões. Preciso apenas seguir e ter a certeza que amanhã vou olhar para o ontem celebrando ter feito às coisas do meu jeito.

Imagem do post: Tumblr / Amazing redheads

sábado, agosto 13, 2016

Sono profundo

sono profundo

O caso é que ela ainda não acordou. Ela saiu em disparada em setembro do ano passado e até hoje, onde quer que esteja, ainda não acordou e percebeu que já deveria ter voltado para o lar, para a sua casa, para mim. Ok, nunca tivemos nada ou fomos casados, ela nunca morou aqui, ela nem sabe o meu nome, mas em algum lugar, onde ela estiver, eu sei que ela sabe, de algum modo, que já deveria ter acordado.

Setembro foi um mês estranho, sombrio e muito sem graça.

Outubro não fugiu a regra, novembro e dezembro só serviram a manutenção e o resto, continua sendo o resto. Ela não acordou e o tempo passou e já estamos novamente em Setembro.

Tanto tempo em vão, tanta coisa em vão. Ela não sai desse sono profundo, eu não saio dessa ilusão e a vida segue.

Imagem do post: Tumblr / Possibly the most beautiful eyes in the world

sexta-feira, agosto 12, 2016

Inverno

inverno

Poucas vezes na vida em toda a minha existência vi algo tão incrível quanto o inverno, sério. Poucas vezes na vida em toda a minha existência. Isso talvez não seja algo a ser considerado, mas eu considero mesmo assim, porque são esses momentos que fazem tudo valer a pena.

Não gosto do frio, do inverno e da coisa toda que gira em torno dele, mas acredito que poucas vezes na vida em toda a minha existência vi algo tão incrível quanto o inverno.

Sou mil vezes o verão escaldante, o sol que queima do que o vento frio que corta a pele.

E ainda assim, com todos os senões e afins, poucas vezes na vida em toda a minha existência vi algo tão incrível quanto o inverno.

Imagem do post: Tumblr / As I see You

quinta-feira, agosto 11, 2016

Medalha, medalha, medalha

medalha, medalha, medalha

Estamos no ar, na tela da TV e no meio desse povo, estamos ao vivo e a cores para todo o Brasil, mas estamos como sempre estivemos, sem mudar uma vírgula. Continuamos os mesmos de sempre, com nossas manias e aquele jeitinho de fazer as coisas que só nós sabemos.

Não tem tempo ruim que nos impeça de mostrar a nossa cara. Hoje esta tudo liberado na internet e é lá que cuspimos uns nos outros destilando todo o nosso preconceito, nossa falta de tato e capacidade de fazer feio. De um lado os “agressores” que em algum momento já foram ou se sentiram “agredidos” e do outro os “agredidos”, que em algum momento já “agrediram”. Todos têm culpa no cartório, ninguém é mais ou menos santo que o outro.

Essa coisa de todos terem voz ativa nas redes sociais permite que os debates sejam mais participativos, democráticos, mas não ensina que tal e qual se fala, se ouve. O que não se quer ouvir não se deve dizer.

Quem pensa que falar é tudo isso, deve se lembrar de que não é o único que fala.

Imagem do post: Tumblr / Her-per-fection

quarta-feira, agosto 10, 2016

O que ninguém mais vê

o que ninguem mais ve

Ela é foda e não há quem não note. Ela é dessas e não há quem não queira. Ela é fogo e não tem quem apague. Ela é tudo e assim mesmo eu me iludo e ainda escuto, que mesmo que não seja, ainda que alguém esteja, o tempo não passa.

E quando passa ela desliza, e quando acaba ela termina. Tem de tudo um pouco até adrenalina. Na esquina onde ela mora e no bairro onde ela reside, na cidade onde ela se esconde. Em cada lugar, em cada estação.

O bom de tudo isso é que eu já não sou um garoto assustado que fica acordado até de madrugada olhando a TV.

Imagem do post: Tumblr / As I see You

 

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