sexta-feira, outubro 30, 2009

Apenas era

E eu que pensei que era apenas mais um dia como outro qualquer e me enganei quando me dei conta de que você estava deitada na minha cama.

A cama não se tornou melhor por isso, mas eu realmente fiquei por alguns minutos a lhe observar enquanto você dormia o seu sono mais profundo.

segunda-feira, outubro 26, 2009

E se não for você

 

voce

 

Sou eu com certeza, mas um eu mais contido e receoso em demonstrar os meus sentimentos e o meu jeito de ser. É um pouco de agua misturada ao vinho e temperada com doses altas de sarcasmo.

Foi por isso e por conta de tantos imprevistos que eu faltei a aula de autoconfiança, que foi ministrada pelo mais covarde professor do mundo, mas ao mesmo tempo, aquele que sabe exatamente o que temos de fazer para nos sentirmos mais seguros em qualquer situação. Eu não fui a aula pois estava envolvido em seus lençóis de linho, abraçado a um de seus travesseiros de pena de ave, sorvendo de um pouco de seu doce néctar.

Perdi a aula, perdi você e nem posso mais resgatar a minha confiança e meus sentimentos de amor próprio, pois sinceramente não quero que isso aconteça, que apenas um pouco de paz e descanso. Descanso de mim e de você, descanso de tudo e de todos.

Não sei como as coisas funcionam na sua mente, mas na minha é claro que não vou mais continuar a lhe ver como antes, pois agora eu lhe vejo como apenas mais uma no meio de tantas outras que passaram na minha vida, mais uma de várias tentativas frustradas de busca da felicidade. Estou só com meus pensamentos.

domingo, outubro 25, 2009

Conexões corporeas

 

conexão

 

Eu não quero sexo, eu não quero só sexo, eu não quero apenas sexo. Eu preciso e quero muito mais do que isso, é mais importante que sexo, termos e mantermos contato. Você precisa acender a chama e colocar fogo no meu coração.

Pele, esse é o segredo de tudo o que fazemos, do que vivemos e do que ainda vamos experimentar. Precisamos estar sempre mais conectados e não apenas pelas vias tradicionais, mas por todas as vias possiveis e passiveis de conexão. Os olhos, a boca, as mãos, o corpo, a mente e principalmente o coração. Sem ele, sem a fundamental conexão de nossos dois corações, todo o resto se torna vazio e sem sentido.

sexta-feira, outubro 23, 2009

O que tem em mente

 

desejo

 

Se você pensa que com tudo o que sabe pode dominar o mundo, você está redondamente enganado. Não tente subjulga-lo pois ele ainda vai lhe dar uma lição. Não seja tolo!

Se você ainda assim deseja dominar o mundo, o faça sabendo que não poderá voltar atrás nessa decisão. Vá em frente e seja feliz!

Mas se seus desejos de domininação mundial não passam simplesmente de falta de alcool no sangue, vá correndo para o bar mais próximo, peça uma Brahma e esqueça essas bobagens. A vida é muito mais do que um monte de letras na tela do computador.

Ele está de volta

 

house

 

Uma das melhores séries de todos os tempos está de volta para a alegria de todos os seus fãs, sim, a sexta temporada de House já começou no Universal Channel e eu se fosse você, não deixaria de assisti-la.

O primeiro episódio desta temporada, com duas horas de duração, mostrou House em uma clinica de reabilitação para doentes mentais e pelo visto, a sua temporada na clinica será longa.

Acho que nesta sexta temporada veremos um House mais contido ou encontrando pessoas que assim como ele, também possuem a persistência e o sarcasmo acima da média. Não creio que ele tenha se desintoxicado por completo, mas isso só saberei assistindo aos próximos episódios.

Prepare o seu vicodin e fique ligado, literalmente falando, toda quinta às 23:00 Hs no Universal Channel.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Nem para morrer serve

 

nada

 

Impressionante como certas pessoas não tem vocação para nada nessa vida, nem mesmo para morrer. Não desejo a morte de ninguém, mas existem uns imprestáveis nessa vida, que já deveriam estar em algum outro lugar, menos aqui, nos atormentando e enchendo o nosso saco e a nossa paciência.

Não tive como me “irritar” ao chegar em casa e a minha irmã me dizer que o tal do Rafael Ilha, não sabe quem é? Melhor assim, mas ele é um ex-tudo que existe nessa vida e sempre aparece nos noticiários por conta de uma polêmica, nem tão polêmica assim, mas os programas sensacionalistas que minha irmã gosta de assistir, fazem um escarceu por conta disso.

Uma hora ele engole pilhas, na outra isqueiros. Um dia é preso por sequestro, no outro bate na esposa e por aí vai. Nunca para, é um predestinado a fazer sempre aquilo que não deveria, mas que adora fazer. Não sei se ele faz isso para aparecer ou para se sentir melhor consigo mesmo e com o mundo. Luciana Gimenez, Sônia Abrão, Leão Lobo e outras bizarrices que assolam a nossa televisão, adoram noticiar os seus feitos e melhor ainda, entrevista-lo dias depois, quando ele aparece com a cara mais lavada do mundo, se fazendo de vitima da sociedade opressora.

Esse imprestavel de marca maior já esteve preso em clinicas de reabilitação para drogados, foi ajudado pelo Augusto Liberato e mesmo assim preferiu voltar ao mundo das drogas e do crime. Foi preso roubando um vale transporte, ou passe de onibus como dizem em São Paulo. Saiu da cadeia, teoricamente se curou e abriu uma clinica para pessoas como ele, mas nada disso deu certo e agora, ele volta a midia por ter tentado e infelizmente não conseguido, se matar com uma garrafa.

Porra, se ele quer tanto assim causar polêmica, dar trabalho aos outros e ser noticia na tv, pelo menos faça as coisas direito e entre logo para os anais da tv, se mate logo, finalize tudo e nos dê descanso. Graças a Deus não perco meu tempo vendo ou me preocupando com esse tipo de criatura, mas me penalizo pela minha irmã, que ainda sente dó de um infeliz desses e mais do que isso, perde o seu tempo assistindo a programas que dão espaço para esse sensacionalismo barato e de péssimo gosto.

No dia em que essa coisa, chamada Rafael Ilha, tomar uma atitude de verdade e conseguir fazer o que vem tentando faz tempo, me avisem para que eu vá para uma ilha deserta e fique bem longe de todas as noticias sobre o ocorrido.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Eu posso tocar o céu

 

rosto13

 

Descobri as nuances de muitas das coisas que eu achava estarem inertes em mim. Descobri, na verdade me dei conta, de que é possível amar e ser amado quando se está em paz consigo mesmo, com seus sentimentos em relação a seus semelhantes e com relação a tudo à sua volta.

Descortinei as janelas da minha alma, vislumbrei o céu azul e pude tocar nele. Você estava lá a minha espera como no primeiro dia em que nossos olhos se cruzaram e eu vi que você não fazia parte de mim como um todo, mas estava inserida dentro de mim como nunca alguém esteve.

Um sorriso apenas, naquela instante, fez toda a diferença entre o que realmente estava acontecendo e o que aconteceu. Eu descobri você. Olhei as estrelas da última noite como quem admira o desconhecido, com os olhos cheios de curiosidade e espanto. Elas com seu brilho intenso me transmitiam a paz necessária para me trazer a serenidade e a calma para pensar nos momentos em que sozinho passei noites em claro sem ter com quem dividir minhas angustias, os meus medos e o meu sofrer.

O som do silencio, meu único companheiro de solidão, até hoje me faz companhia quando preciso desabafar comigo mesmo meus sonhos mais pueris. Sonhos de criança, sonhos de um menino com medo de voar, de um homem com medo de não saber como pousar, sonhos de uma noite de luar.

Quando o sol se põe e aquece meus sentidos, já estou inerte em minhas obrigações mentais, minhas elucubrações diárias de uma vida cotidiana.

Apenas uma taça, uma misera taça derramada sobre os lençóis, um pedaço de mim escorrendo por entre tramas de tecido e sendo absorvido por instantes de loucura, tédio e desilusão. É assim que tudo termina e é assim que chego ao fundo. Não vejo a luz do fim do túnel, não vejo saída e não tenho esperança. Viver me basta, mas eu não sou feliz.

Vagando entre as sombras de um passado ausente, eu construo um futuro distante da realidade, mas próximo daquilo que me tornei, um pequeno fragmento de nada.

Preciso apenas de mim e de quem me queira, preciso estar cercado de vontades e verdades diretas, de desejos concretos e de brilho nos olhos. Talvez eu não precise de você. Eu não preciso de você, se for apenas para ser mais uma no curto espaço de tempo em que me permito ser usado. Não preciso de você e nem precisarei se você comigo não puder partilhar o seu melhor, o seu todo.

Eu não estava pronto, assim como nunca vou estar, mas ainda assim eu ousei fazer de conta que ainda podia ser de alguma forma, especial para os seus olhos e para os olhos mais brilhantes que já conheci. Eu vi o céu, eu vi as estrelas, contemplei o luar e me permiti sorver a última gota da taça enquanto ela ainda existia.

Com a generosidade de uma verdadeira dama e a ousadia de uma devassa, você cruzou o meu caminho. Seus olhos ávidos por uma nova descoberta, encontraram os meus e assim nos olhamos por alguns segundos. Você se foi mas o ar impregnado pleo seu perfume, ainda me enebria e pelo simples fato de sentir a sua presença em todos os lugares, é que ainda continuo existindo.

Com o sorriso mais intenso que já vi, uma simples palavra sua foi o suficiente para me levar as nuvens e tê-la em meus braços é o sonho que acalento até hoje.

Mas simplesmente como se não fizesse sentido, acordei no meio da noite com o seu gosto e a lembrança das frágeis capsulas de sentimento que ainda guardo em mim.

Mais uma garrafa e cá estou de novo com a minha solidão. Como captar e acender a centelha de esperança que ainda me dá forças para mais um gole? Abrindo mais uma garrafa ou desabafando comigo mesmo os meus delírios de contentamento?

Quem sabe você não vem me resgatar do meio desse vazio de idéias e ideais. Quem sabe você apenas não me dá a mão e juntos vamos caminhar.

Eu posso ter as estrelas, me iluminar com o brilho do luar, mas não posso sofrer em vão.

Eu posso tocar o céu!

terça-feira, outubro 06, 2009

Um chapéu na cabeça, um copo na mão

 

chapeu

 

Em 1913 o presidente estadunidense Theodore Roosevelt recebeu durante a inauguração canal do Panamá, um El Fino, chapéu feito no equador com a palha da planta Carludovica Palmata. Depois desse dia, o El Fino tornou-se moda e todos os homens até a segunda guerra sempre o usavam.

O El Fino já esteve na cabeça de muitas personalidades como Winston Churchill, Kemal Atatürk, Harry Truman, Getúlio Vargas, Tom Jobim, Humphrey Bogart e Clark Gable. Antes deles, Santos Dumont, o pai da aviação, já o usava em 1906.

Mas desde 1913 quando Roosevel agradeceu ao presente recebido como sendo um chapéu de Panamá, que não mais ouvimos falar no El Fino, o famoso chapéu equatoriano. A partir desse dia, nascia para o mundo, o chapéu de Panamá.

Ainda hoje, o chapéu de Panamá é sinonimo de classe em alguns lugares e de boemia em tantos outros, como o Rio de Janeiro, onde aqueles que usam este chapéu, são legítimos integrantes da malandragem ou admiradores do espirito malandro de ser do carioca.

É fato que nada como uma tarde agradavel no ponto central do Rio Antigo, para fazer com que as perspectivas em torno de muitas coisas se alterem e comecei falando justamente do chapéu de Panamá, porque ele foi um dos personagens da história.

Ver o Rio pelos olhos de um não carioca, é sempre mais interessante pois começamos a enxergar coisas que deixamos passar desapercebidas por estarmos concentrados naquilo que sempre vemos no dia a dia. Não observamos com clareza os detalhes mais simples, nas coisas mais comuns e quando somos “apresentados” a elas nos damos conta de que sempre estiveram debaixo de nossos olhos.

Sair de cena por alguns dias, alguns instantes e dar lugar e espaço a um ser descobridor, desbravador, um ser curioso, é a melhor coisa que devemos fazer sempre que possivel. Esse ser curioso, descobre coisas fantásticas. Descobre que um sorriso nem sempre é um sorriso feliz, que as pessoas não são vazias, mas ficam vazias sempre que procuram algo para preencher um vazio que não existe e acima de tudo, que as emoções transformam o tudo em nada e o nada em tudo.

Quisera eu ter poder suficiente para parar o tempo e manter os momentos felizes eternamente vivos e ativos, como na mesma hora em que eles aconteceram, mas não tenho esse poder. O meu único poder é o de estar presente, de não ser ausente quando solicitado e de fazer parte dos momentos, da vida e da felicidade que sempre se estampa nos olhos daqueles que podem apreciar a beleza das coisas simples.

Um copo na mão, um Panamá na cabeça, um brilho nos olhos e a certeza de ter feito parte.

 

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