sexta-feira, junho 29, 2012

Invade

invade

Em noite de frio, em noite de vazio, em noite de sereno. É vento batendo na porta, é porta no batente e gente contente. Pedaço de culpa misturado com raiva e todo um monte de sentimento, que a gente nem percebe, mas que se espalha no ar e invade. Apenas isso, invade.

É onda do mar sem barulho, é muro pintado e entulho. É um pouco de tudo e de nós. Figura de linguagem que não quer calar, suspiro que não quer cessar. Sou eu, você e a realidade.

Você queria o que nunca pode ter e eu nunca fiz nada além para merecer. Um beijo seu pode mudar o dia, findar a noite e acabar com a dor. Faremos contas do tempo que perdemos vagando por aí.

Faço uma canção de amor para você, se me comprar um barco.

quinta-feira, junho 28, 2012

Sob as bênçãos do luar

sob o luar

Desceu as escadas com decisão não se importando com o mundo a sua volta. Aquele era o seu momento de brilhar, seu momento de fazer o que sabia de melhor. Encantar.

Passou pela recepção, cruzou o salão e diante do olhar atento daquele que lhe atenderia, sorriu. Ela não precisava dizer mais nada, seu sorriso era seu cartão de visitas. O rapaz, pobre rapaz, olhos fixos na loira a sua frente, balbuciou frases desconexas e burocraticamente preencheu os formulários.

Ela não fazia isso de proposito, era bela por natureza. Tinha os homens a seus pés, mas não estava interessada naqueles que se curvavam. Para tê-la em seus braços era preciso atitude e personalidade.

Conta aberta no banco da moda jogou os cabelos para trás e se foi deixando o rastro de seu perfume pelo ar. Toda agencia parou para vê-la passar desfilando com sua beleza pelo lugar. Mas alguém teve atitude para não só admirar.

- Você vem sempre a esta agencia ou estou sendo agraciado por Deus?
- Xavecos assim devem funcionar com todas as outras, uma pena, para você, mas não sou uma delas.
- Todas as outras não merecem meus esforços. Não xaveco qualquer uma.
- Seletivo? Bom para você, mas eu também sou e você não foi um dos selecionados.
- Prazer Marcos!

Mão estendida ela não teve como não se apresentar aquele atrevido e muito menos como recusar aquele convite para jantar. Ele conseguiu quebrar suas defesas com um olhar penetrante e leva-la para um dos bons restaurantes da cidade.

Em um jantar regado a altas doses de bom humor, conversas a cerca de tudo e romantismo, suas mãos se tocaram sobre a mesa e como que em um passe de mágica se uniram selando aquele encontro.

De lá foram admirar o luar e sozinhos a beira mar se beijaram. Ela estava linda em seu vestido mais sensual e seus longos cabelos de ninfeta mal cobriam os seios delicados que insistiam em ser acariciados. A lua prateada no céu era um convite a aproveitarem tudo o que aquela noite podia lhes proporcionar e sem que palavras fossem necessárias saíram dali para eternizar aquele momento.

quarta-feira, junho 27, 2012

Meus telefonemas

meus telefonemas

Atenda os meus telefonemas
Eu preciso ouvir a sua voz
Acredite eu sei o que é sofrer de amor

Estamos tão longe
Mas a distancia acabou nos aproximando
(todos os dias)
Todos os dias, todas as horas
Eu fico aqui pensando
(eu me sinto tão sozinho)
Eu me sinto tão só
Grito o teu nome aqui dentro de mim
(todos os dias)
Choro baixinho por ti
Mesmo que eu tenha ficado contigo uma unica vez, uma unica vez

Atenda os meus telefonemas
Eu preciso ouvir a sua voz
Acredite eu sei o que é sofrer de amor

Pare de fugir
E de dizer que não sente nada por mim
Eu sei que ainda falta um tempo
Pra gente se encontrar por fim
A sua imagem é constante
Aqui no meu pensamento
E eu não sei se sou capaz
De suportar tanto sofrimento assim

Atenda os meus telefonemas
Eu preciso ouvir a sua voz
Acredite eu sei o que é sofrer de amor

As estradas, o céu, os palcos
A minha vida ritmada pelas batidas do seu coração
Mais o calor do seu corpo ainda esquenta as minhas mãos, as minhas mãos
Como não lembrar do dia que eu senti você perto de mim
Foi o melhor eu faço tudo por você
Espero o quanto for preciso
Pra ter você aqui comigo

Atenda os meus telefonemas
Eu preciso ouvir a sua voz
Acredite eu sei o que é sofrer de amor

Caetano Veloso & Afroreggae

O espelho se quebrou

o espelho se quebrou

- Ali amor!
- Onde? Não estou vendo nada além daquela janela quebrada.
- Ali, exatamente onde você não está enxergando nada. Aquela janela, que você diz estar quebrada, é apenas um espelho refletindo seus sentimentos.

Onde foi parar o amor? Onde se escondeu aquele sentimento que uniu aqueles dois? De certo foi parar no mesmo lugar onde todos os sentimentos se escondem depois que deixam de existir, em algum canto lá no fundo do peito.

O amor nunca morre. Ele deixe de existir por uma pessoa e passa a existir por outra. O carinho permanece, o sentimento não se apaga por quem um dia amamos.

terça-feira, junho 26, 2012

Quando esse dia passar

quando esse dia passar

O tempo todo fiz as coisas como se elas fossem automáticas. Mandei cartas para ninguém, comprei postais para alguém que nunca vi e andei por ruas que nunca me levaram a lugar algum. Fingi ser real o imaginário que construí em meus sonhos e coloquei você dentro desse meu mundo, mas por alguma razão inexplicável, lhe perdi para sempre.

O dia de ontem foi tão ruim que todo aquele discurso de dias melhores, me deixou enjoado e com sede. Pensei muito antes de te ligar, mas o telefone estava desligado e a vontade passou. Venci o medo e caminhei na chuva pela primeira vez, pena que você não assistiu a este espetáculo.

Tanta coisa aconteceu nesses últimos anos que nem sei por onde começar. A casa de praia ainda está em obras, o carro não saiu do mecânico, seus pais não voltaram de viagem e eu continuo com sede.

Depois da tempestade as ruas ficam molhadas, o coração apertado e o sorriso tímido. Tudo vai se acertar quando esse dia passar.

segunda-feira, junho 25, 2012

A sua espera

a sua espera

Ao acordar panquecas. Antes de dormir um copo de leite. Para o almoço uma massa. No verão calor, no inverno frio e durante o ano você.

Quando me pergunto como pude apaixonar-me por você, olho em seus olhos e vejo a razão. O seu sorriso me conquistou desde o primeiro instante que lhe vi.

Estava tão frio aquela noite que não tivemos coragem de abandonar o chalé. Permanecemos ali, conectados pelo sentimento e nos tornamos cumplices de um amor real. Não precisamos de palavras para confirmar o que sentimos, nossos atos nos bastam.

Hoje comprei flores e um livro de poemas. Não encontrei palavras para por no cartão, o livro deve conter alguma poesia a sua altura. Vou preparar algo para o jantar e te esperar. Até quando eu não sei, mas eu vou.

domingo, junho 24, 2012

O ano inteiro

o ano inteiro

Enquanto perdi todo o meu tempo procurando por ovos, ela procurava por mim e foi assim que ambos nos perdemos naquele vinte e cinco de janeiro. Nem era fevereiro ainda quando ela falou em carnaval, nem era junho ainda quando ela falou em fogueira e mesmo antes de dezembro ela já estava falando em natal.

Sempre soube que não íamos à festa naquele vinte e dois de março, mas não me lembro de como chegamos à praia. Estava em casa de pijamas e fui parar na praia. Aqueles óculos nunca lhe caíram bem. Só para constar.

Em menos de seis meses já compramos metade daquilo que precisamos, somos mágicos e porque não loucos. Você prefere dizer que somos dois inconsequentes em uma noite de frio em pleno verão londrino. Que comparação mais besta. Só agora me veio à ideia de que não tenho meias que combinem com minhas botas de cano curto.

Você volta para o jantar?

sábado, junho 23, 2012

O melhor para mim é você

o melhor para mim

Não vou ficar enumerando motivos para justificar o porquê você é o melhor para mim. Eu sei e isso me basta. Não vou perder tempo achando que algo melhor está reservado para mim em algum lugar, pois eu já achei o que é melhor para mim. Você.

É estranha essa espera, essa angustia. Passamos a vida toda achando que o melhor nos espera na próxima esquina ou que tudo o que vem na sequencia é melhor do que o que tínhamos antes. Qual o conceito que define que o azul é melhor que o verde?

Na maioria das vezes deixamos o melhor para trás e nos apegamos ao que nos aparece. Nisso eu acredito. Não temos como definir o que é melhor ou pior. O que nos faz bem é o que serve e pronto. O outro, passado, anterior, não pode ser considerado pior. Assim como o novo, futuro, presente, não pode ser considerado melhor.

Os acontecimentos nos levam a fazer escolhas e elas podem ser acertadas ou não. Fechamos uma porta e abrimos outra. A vida nos permite isso e é o que fazemos. Um dia não vamos mais precisar fazer algumas escolhas, mas isso não quer dizer que encontramos o melhor. Encontramos o que nos acalma o peito e isso basta, não precisa ser mais ou menos do que nossa escolha anterior.

sexta-feira, junho 22, 2012

Salto no escuro

 salto no escuro

E sim, era verdade tudo o que estava acontecendo, eles estavam há um passo de descobrir que o amor pode muito mais que do que qualquer mortal imagina.

Aconteceu quando ele se atirou, seguido por ela, do décimo andar do edifício onde moravam. Romeu e Julieta? Conto de fadas ao contrário? Tudo o que se sabe é que dias depois, quando saíram do hospital eles estavam mais sorridentes e apaixonados do que nunca.

Um amor que tem coragem o suficiente para se atirar do décimo andar de um prédio, não pode ser considerado um amor qualquer, mas também não deixa de ser uma loucura sem tamanho e sem explicação. Nada é claro que as mentes prodigiosas de nossos jornalistas de plantão não pudessem contornar com histórias incríveis sobre traição, fuga de bandidos, uso de entorpecentes e até pacto de morte.

Eles nunca quiseram revelar o motivo do salto e hoje vivem isolados no interior vivendo do que conseguem plantar, e plantam muito pouco, apenas o suficiente para não passarem fome. Ela cortou as longas madeixas, ele deixou a barba crescer e vivem assim, felizes e sem se preocupar com o futuro, pois o presente já lhes dá o suficiente para serem felizes.

quinta-feira, junho 21, 2012

O idiota morreu mais cedo

o idiota morreu mais cedo

Foi como no filme que vi ontem na TV, o idiota simplesmente estava lá sem fazer nada e resolveu que precisava de mais ar puro. Levantou-se, caminhou até o parapeito da janela e se jogou do décimo segundo andar. Por sorte sofreu apenas alguns arranhões leves e já está pronto para outras quedas iguais ou piores.

O bom disso tudo, pois sempre podemos tirar boas lições de qualquer situação, é que ele aprendeu que não se deve pular de um lugar alto sem estar preparado. No mínimo ele precisava de óculos escuros para evitar a exposição de seus olhos ao sol.

Sempre são os idiotas que morrem antes de todos os outros, mas nesse caso especifico, o nosso amigo idiota não morreu porque a sorte lhe sorriu colocando uma arvore que amorteceu a sua queda e evitou que ele se esborrachasse no chão. A arvore também passa bem, só quebrou uns poucos galhos.

Assim acontece quando nos atiramos de cabeça em relações que sabemos não vão dar em nada. Nos machucamos por dentro, por fora e só não morremos porque nossa queda é amparada. Podemos dizer que somos todos idiotas e que vamos continuar a ser, porque morremos cedo de amor quando nosso coração encontra um motivo para bater mais forte.

Claridade

claridade

Eu não vou te convencer
Do que é certo aqui pra mim
Eu não vou mudar você
Deixa o vento lhe mostrar
Ele sabe sobre mim

Eu não quero mais correr
Vou cuidar do meu jardim
Trago flores pra você
Deixo o tempo lhe mostrar
Nossa historia é mesmo assim

Chora, pois a chuva de agora
Vai molhar as suas rosas
E a tristeza vai ter fim
É hora, acabou a tempestade pra chegar
A claridade do amor

Ana Carolina & Ale Ferreira

quarta-feira, junho 20, 2012

Pipoca com manteiga

pipoca com manteiga

Naqueles dias em que as tardes parecem intermináveis, uma boa ida ao cinema pode ser a solução para o tempo que não passa. O problema é combinar com o seu par, o filme a ser visto.

Umas das coisas que mais acontece é a dúvida na escolha do filme. Você se for homem, vai preferir um filme com mais “ação” e menos “açúcar” e se for mulher, um filme com mais “açúcar” e menos “ação”. Como isso não é uma regra podemos ter escolhas contrarias sem nenhum problema.

O que deve prevalecer nessas horas são os critérios para escolha de determinado filme. Ok, se você quiser ver Assassinatos Brutais em Série - Parte 15 – O massacre do ácido, só tenha um bom motivo para isso. Pode ser por conta de um ator que você admire, um enredo bacana ou sei lá o que, mas o filme tem que ter algo que te leve a querer assisti-lo e convença o seu parceiro de que vale a pena te acompanhar.

Do mesmo modo não tem nada demais querer assistir a O Amor que Nunca Acaba – O Romance do Século. Você com certeza terá motivos para ver e fazer com que seu companheiro veja junto com você essa obra prima.

Escolha de filmes e motivos a parte, vá ao cinema sem se preocupar muito com o que vai ver e sim com os momentos em que vai se esquecer dos problemas e relaxar. Cinema é diversão.

Jóia 5

joia6

Meu pequeno cristal precioso, do mais alto quilate, repousa em meu peito. Uma jóia tão rara, tão cara e minha. Preciosidade que adorna meus dias.

Minha jóia permanece em mim enquanto busco nela resplandecer. É por isso que enquanto zelo por seu sono consigo ver além de seus olhos.

Porque sou seu e ela minha. Porque nos bastamos. Porque estamos e por termos um ao outro, posso compreender o quão sou feliz por ser merecedor.

terça-feira, junho 19, 2012

O que é que você quer de mim

o que voce quer de mim

O dia quer a noite a correnteza quer o mar
O horizonte quer distância a chuva quer molhar
O tempo faz tudo ficar no labirinto da lembrança.

A lua quer brilhar a sua estrela quer cair
Onde eu não sei o seu desejo o vento quer dançar
A minha boca quer saber onde eu perdi aquele beijo
O que é que você quer de mim

O mundo quer rodar eu sei que não dá pra voltar
Pro mesmo ponto de partida
Você quer me ganhar onde eu não quero me perder
Na rua errada em sua vida

O dia quer a noite o tempo faz tudo ficar
Onde eu não sei o seu desejo o vento quer dançar
Aquela nuvem quer chover só pra molhar o nosso beijo
O que é que você quer de mim
O quer é que você quer
Onde está você
O que é que você quer pra me dizer..
O que é que você quer de mim

Max Viana

Eternamente

eternamente

“Gostei de você e vamos ficar juntos para sempre.” Uma das maiores mentiras já ditas por alguém é a de que ficarão juntos para sempre. Em algum momento desse sempre vai haver uma desconexão e seja ela física ou emocional, ambos vão se separar.

As pessoas não entendem como relacionamentos “mágicos” podem terminar de uma hora para outra. Elas sempre querem estender a duração do amor, da dor e de todas as coisas que julgam dever ser eternas. Todos parecem ignorar o conceito de eternidade, ignoram que a eternidade pode durar um minuto e não necessariamente uma vida inteira.

Fico feliz pelo que conquistei e por tudo o que ainda vou conquistar. Fico feliz por ter sido importante para alguém, mesmo que por apenas meses ou dias. Mais feliz ainda fico quando sei que ainda terei muitas eternidades pela frente.

segunda-feira, junho 18, 2012

Meu nome não é o que você pensa

meu nome

Não me chamo seu assim como você não se chama minha. Tenho um nome e você tem outro, nossos nomes são distintos e foram registrados em cartório para evitarmos problemas entre nós.

Precisamos mesmo disso? É certo que não, mas teremos sempre essa discussão inútil até que você se convença de que meu nome verdadeiro não tem nada haver com aquilo que você pensa que é. Você sempre quis me modificar e como nunca conseguiu resolveu mudar meu nome.

A propósito, você pode me chamar do que quiser, eu não ligo.

Perdas

perdas

Sempre é difícil sofrer uma perda, seja ela qual for. Perdas em especial a de entes queridos, sempre nos rementem ao passado e as lembranças que carregamos no peito. Não temos o poder de impedi-las e nem de ameniza-las, todas as perdas nos são dolorosas.

O que mais me perturba em uma perda e é essa nossa incapacidade de se fazer presente, de estender a mão, de acarinhar, porque nessas horas as palavras e a maioria dos atos, são se tornam formalidades. Não existe o consolo, o conforto, a dor da perda é sempre grande.

Quando a perda é minha, preocupo-me em não permitir que sintam a minha dor. Quando a perda é de alguém próximo, fico sem saber como agir, o que dizer e muito menos se devo realmente me fazer presente naquele momento. Nem todos se dispõem aos outros em um momento de perda, alguns preferem se isolar e eu respeito isso.

Uma de minhas certezas é de que as perdas fazem parte do processo pelo qual estamos passando. Sabendo ou não, vamos conviver com elas e com suas particularidades. Uma perda nunca é igual à outra e só quem a está vivendo, sabe o que está sentindo.

sábado, junho 16, 2012

Mão boba, mas muito esperta

mao boba mas esperta

Vai me dizer que você nunca teve vontade de colocar a mão onde não devia e em especial naquelas horas, onde você realmente não devia estar com a mão ali? Pode falar a verdade, não é pecado nenhum fazer uma coisa dessas de vez em quando e o que é melhor, todos gostam.

Uma mão boba, desde que ela seja esperta e rápida no lance, é sempre bem vinda e pode lhe render alguns elogios e um fim de noite bem bacana. Experimente!

Nada de ser indiscreto, se você não tem habilidade com as mãos, o melhor a ser feito é mantê-las quietas dentro do bolso ou junto das mãos do seu par. Uma passada de mão em publico deve ser discreta, mas com um objetivo, ligar o botão vermelho de quem está com você.

Escolha bem a parte do corpo e a hora em que vai usar as mãos, nada de afobação. Na fila do cinema, por exemplo, você pode usar a criatividade. Na mesa do restaurante, usando também os pés. As combinações, os lugares e as maneiras, são infinitas, cabe a você descobri-las e usá-las.

sexta-feira, junho 15, 2012

Antes do fim

antes do fim

Assinei o contrato sem ler as letras miúdas, aquelas que ficam no fim da folha e dizem tudo o que o restante do contrato esconde. Assinei, comprei, mas não levei. Não fui enganado, me deixei enganar.

Poucas pessoas lêem as letras miúdas de um contrato, ainda mais quando esse contrato diz respeito às coisas do coração. O sentir é instantâneo, não precisa de entendimento e muito menos de regras ou explicações. Você sente, se entrega e pronto.

Quem pensa demais e coloca clausulas na vida, está fadado a viver sem emoção, sem aquele suspense necessário que dinamiza as relações. Não existe nada que nos garanta uma vida 100% do jeito que imaginamos, porque a vida não pode ser planejada tal e qual um projeto. No máximo vamos pensar em como gostaríamos que as coisas acontecessem, vamos lutar para isso, mas não temos como controlar os acontecimentos.

Novos contratos me esperam por aí e vou assiná-los sem me preocupar com as tais letras miúdas. Não quero saber o fim, quero apenas curtir o durante e o que vem antes.

quinta-feira, junho 14, 2012

Embrulhado para presente

gift

Em datas especiais, quando compramos algo para alguém, queremos que a representação do tamanho de nosso sentimento para com aquela pessoa, seja o presente. Estava vendo um vídeo do Fabrício Carpinejar e da Cínthya Verri e eles disseram isso com toda a propriedade, queremos o “melhor” presente porque achamos que ele vai representar o que estamos sentindo por uma pessoa.

O amor é imenso que não cabe no peito? Porque não um carro?

O bem querer é tanto que não tem tamanho? Porque não a jóia mais cara?

Como eles muito bem disseram, a dificuldade que as pessoas tem em escolher algo para presentear reside muito mais na expectativa que depositam em cima do presente, do que na escolha em si. Escolher algo é fácil, mas quando queremos que nossos sentimentos se materializem nessa escolha, ela se torna quase impossível.

Presentes podem ser marcantes e não necessariamente caros. O que importa é o sentimento colocado na entrega e ele não é medido pelo valor do presente, portanto um carro pode ter menos ou o mesmo impacto que um buquê de flores.

Quando as coisas são feitas com o coração e com intensidade, elas se tornam representativas. Presenteie porque gosta com o que lhe for possível e não para impressionar com um presente além de suas possibilidades.

quarta-feira, junho 13, 2012

Acabou-se o que era doce

acabou o que era doce

Toda a euforia, os presentes, as declarações, e porque não, a falsidade, duram apenas um dia, um simples e misero dia. Neste dia o comercio fatura horrores e as redes sociais são inundadas por declarações de amor e pieguismo. Nada contra a data em si e muito menos contra o clima reinante, a minha inquietação é com a duração de tudo isso.

O ser humano, nós, parece que escolhe sempre uma data ou um motivo para fazer as coisas, falta espontaneidade. Nem todos terão a mesma idéia no mesmo dia e ainda mais ao mesmo tempo, mas metade das pessoas que ontem eram puro romantismo poderia ser assim também nos outros dias.

Todos amam a mãe no dia das mães, os namorados no dia dos namorados, os pais no dia dos pais e por aí vai. Casais enamorados não são vistos nos outros 364 dias do ano? As mães deixam de existir depois e antes do segundo domingo de maio?

É claro que não, mas é muito mais “legal” fazer as coisas quando todo mundo está fazendo, é melhor fazer parte do “bando” do que ser um solitário no meio da multidão. Seguindo esta lógica, sempre depois das datas comemorativas é como se nada daquilo que foi divulgado a exaustão no dia anterior fizesse sentido. Até tento entender, mas acho que seria melhor se os momentos fossem uma constante e não passageiros.

Qual mulher ou homem, não gostaria de uma declaração de amor no meio de um dia qualquer, de receber flores sem ser no dia dos namorados ou no do seu aniversário, porque não se pode fazer isso sem que todas as outras pessoas do planeta também tenham que fazer?

Todo dia pode ser um dia especial e esse dia não precisa ser especial para todos, basta que seja para você. Não espere uma data, um momento ou alguém, faça uma surpresa para quem você ama sempre que tiver vontade.

terça-feira, junho 12, 2012

Mês do amor – Barbara e Eduardo

Eduardo e Barbara

No meio do nada havia um deserto, no meio do deserto havia um nada e era tudo tão profundo e era tudo tão sem graça. No meio da praça ou em qualquer lugar, no meio do meio de onde é que se está, tudo virado sem recomeçar.

É tanto desgosto, profundo mau gosto, o fim dessa historia sem culpa notória é a trajetória dos dias sem gloria. Vivemos no auge de nossa memória, comprando barato o caro de fato e sendo revista da nossa conquista. Quem mede os erros de percurso? Quem vai mudar de assunto?

Os dias são tantos e as noites se foram, os dias são nossos e as rosas são dela. Tal e qual aquarela numa bela tela o amor se revela e faz morada no meu coração, é só um mar de ilusão.

E viva o amor, viva a dor de saber que é tão triste querer, que se acostumar com o beijar você antes de acordar dá prazer. Eu sou Eduardo, você é Barbara. Eu sou Barbara, você Eduardo.

Mês do amor – Paulo e Sueli

Paulo e Sueli

Uma flor será sempre uma flor, mesmo que não seja tão bela quanto ela. Uma dama será sempre uma dama, mesmo que não seja ela. A dona dos seus sonhos tem aquilo que lhe seduz, um olhar que reluz e uma energia que contagia.

Alguns momentos a sós com ele e ela estaria completa novamente, entregue a seus desejos, seus caprichos. O dono dos seus sonhos tem aquilo que lhe encanta, um querer profundo e um cantar tão belo.

Ela o viu voltar e ele a viu contar suas histórias e seus medos. Ele sorriu por ela e ela chorou por ele. Desde o primeiro instante amor era uma constante, alimentado diariamente com doses de paciência, carinho e compreensão.

Com ele viveu seus melhores momentos e o tempo não pode apagar os sentimentos. Por mais que levem o corpo e tirem a vida, não vão matar a alma e essa, será sempre deles.

Para Sueli um lírio e um soneto. Para Paulo um cravo e um haicai. Para o amor, dois.

Mês do amor – Mariana e Fábio

Fabio e Mariana

Uma menina que colecionava sonhos vivia sempre no mundo da lua e achava estar vivendo um conto de fadas. Um rapaz que colecionava contas vivia sempre no vermelho e achava estar vivendo na pior.

Em comum eles tinham apenas o mesmo local de trabalho, a lanchonete da esquina mais movimentada da cidade, fora isso nunca se falaram. Ele trabalhava no escritório e ela atendia aos clientes.

Enquanto ela sorria para todos, ele de cara fechada digitava números no computador e somava dígitos em busca de uma vida melhor. O salário pouco mal dava para o básico e ele sempre comprou demais, ousou ter mais do que o dinheiro podia comprar.

Um dia ele resolveu fazer diferente, entrou pela porta da frente, se sentou como um cliente e pediu um café bem quente. Ela o atendeu como a todos, com um sorriso no rosto e um brilho no olhar. Apaixonaram-se. Os olhos dele pelos dela.

- Você deve ser nova por aqui...
- Não, trabalho nessa lanchonete desde 2009.
- Como é que nunca lhe vi?
- Não sei, mas você não me parece um freguês da lanchonete, também nunca lhe vi por aqui.
- Bom, eu não sou bem um freguês, trabalho lá em cima no escritório e realmente não costumo tomar café aqui.
- Eu conheço o escritório, mas lá é outra coisa e com o trabalho aqui em baixo, não tenho tempo para quase nada.
- Então eu lhe convido para conhecer o meu local de trabalho. Eu já conheço o seu, é hora de você conhecer o meu.

Fábio e Mariana nem se apresentaram e em poucos minutos já estavam conversando como se fossem dois amigos de longa data. Ela foi ao escritório no terceiro andar, conheceu a mesa dele, a cadeira, o carpete, o computador e sonhou que ele poderia dar a ela a vida que sempre imaginou.

Ele mostrou para ela a mesa, a cadeira, o carpete, o computador e sonhou que ela poderia ser a mulher que ele sempre imaginou.

O assistente e a atendente começaram a namorar no dia 12 de junho. Ele toma café na lanchonete todos os dias e ela faz contas com ele no escritório todas as tardes.

O céu também chora

o ceu tambem chora

Não tenho a mínima pretensão de me tornar aquilo que lhe completa, que você deseja e que você pensa lhe fazer bem. Não tenho a mínima vontade de ser quem nunca fui, de me transformar apenas para tê-la ao meu lado. Você nunca me pediu isso diretamente, mas eu sempre soube que era isso que você queria, desde o momento em que lhe encontrei pela primeira vez.

Ontem após mais uma crise de choro incontido, por nada, pensei nas nuvens que lá de cima soltavam suas gotas de chuva sobre a cidade e imaginei o céu também chorando por algum motivo. O céu chora com frequência, eu estava chorando naquele momento e mesmo sem motivo, meu choro era tão real quanto à chuva que lá fora a tudo molhava.

Sempre tive o medo como meu aliado e fiz dele combustível para seguir em frente rumo à conquista de meus objetivos. Quanto maior o medo, maior a vontade de lograr sucesso. Eu tive medo de lhe perder, mesmo que nunca a tenha tido realmente como minha e foi esse medo que me fez fazer de tudo para lhe conquistar.

O insucesso, consequência de minhas tentativas infrutíferas, será comemorado por várias pessoas e por mim será usado como exemplo do que devo evitar nas próximas vezes em que me aventurar por curvas sinuosas, olhos mágicos e doces lábios.

Mês do amor – Wliliam e Patrícia

Willian e Patricia

Mais do que um casal, Wiliam e Patrícia eram também uma prova viva de que amar vale mais a pena do que se possa imaginar. Eles não só estão juntos por tanto tempo, como também se amam de verdade e é isso que faz com que a história deles seja tão bonita.

Patrícia e Wiliam começaram a se gostar no jardim de infância, continuaram durante o colégio, a faculdade e hoje casados, perpetuam esse amor.

É claro que como todo casal, eles tiveram algumas brigas, desentendimentos e desencontros, mas nunca permitiram que isso abalasse o grande amor que tem um pelo outro. Wiliam é fiscal do imposto de renda e Patrícia enfermeira em um grande hospital.

Nesse dia 12 de junho, Patrícia está de plantão e Wiliam vai passar a noite sozinho à espera da chegada de seu grande amor, para que juntos possam celebrar mais um ano de muito bem querer.

Mês do amor – Juliana e Jean

Jean e Juliana

A dupla JJ de São Paulo era conhecida por sua alegria, juntar Jean e Juliana em um mesmo evento era garantia de muitas risadas e descontração. O casal que todos os outros casais gostariam de ser se separou no dia 12 de junho de 1995, no dia em que completariam dois anos de namoro.

A alegria que emanavam, como que em um passe de mágica, foi substituída por olhares tristes de ambos onde quer que fossem. Juliana e Jean ainda iam juntos aos mesmos eventos, se cumprimentavam e só, ficavam em cantos distintos.

O fim se deu porque Jean tinha muitas crises de ciúmes e Juliana não suportava mais ter que se afastar dos amigos e até dos familiares por conta das loucuras dele. A tal alegria reinante, se fazia presente apenas quando Jean ainda não havia consumido nenhuma gota de álcool.

Muitas foram as tentativas de reunir a dupla JJ novamente, mas todas sem sucesso, até que Jean resolveu em 2003, se internar em uma clinica para reabilitação de alcoólatras. Juliana ficou a seu lado durante os anos em que ele esteve na clinica e quando o tratamento terminou, eles se casaram em 2007.

Hoje a dupla da diversão e do bom humor dá a todos o exemplo de como superar as adversidades e seguir em frente depois da tempestade.

Imagem do post: Google

Mês do amor - Saulo e Andressa

Saulo e Andressa

A vida passa tão rápido quanto uma garrafa de vinho, a vida é mais do que uma rosquinha sem recheio. Ao mesmo tempo em que confiamos naquilo que o coração nos diz, desconfiamos daquilo que não podemos ver.

Enquanto esperamos por alguém, esse alguém também pode estar esperando pela chance de nos encontrar. Saulo e Andressa poderiam jamais ter se encontrado se não fossem persistentes e resolvessem sair naquele dia chuvoso para aquela festa sem graça.

Encontraram-se, gostaram-se e começaram um namoro que dura até hoje quando eles completam exatos cincos anos de união. Saulo ama Andressa, que ama Saulo e os dois são felizes assim.

Muitos ainda estão à espera da sua garrafa de vinho ou da sua rosquinha sem recheio e nem se dão conta de quem ali, bem ao lado, pode estar a sua cara metade. Permita-se viver o que a vida lhe oferece todos os dias, sem se preocupar com o que vai acontecer no minuto seguinte.

Decepções a parte, a vida é uma montanha russa de emoções.

Mês do amor – Elisa e Leonardo

Leonardo e Elisa

- A porra das minhas ações foram para o inferno! Não ganhei nada com essa sua manobra idiota de compra um monte de merda e vender o que eu tinha de melhor!
- Está estressado? Compra um barco com o dinheiro que você ainda tem, arruma uma vara e vai pescar, seu idiota!
- Você é minha corretora faz cinco anos e se eu olhar a minha carteira devo ter tido mais prejuízos do que quando operava por sozinho. Você não serve para nada!
- Escolha outro corretor, de preferência um que ature os seus desmandos e vá para o diabo que te carregue! Não sou mais sua corretora, eu me demito!
- Você não se demite porque eu já a havia demitido no momento em que te liguei, mesmo assim estou indo ao Barnei’s e quero encontra-la lá em meia hora para conversarmos e acertarmos o que lhe devo por seus péssimos serviços prestados.
- Estarei lá!

Elisa apareceu no Barnei’s como sempre se vestia, de preto e com saltos bem altos. Ela até pensou em um Louboutin, mas a ocasião não era uma festa e sim o fim de um relacionamento de cinco anos. Elisa cuidava da carteira de ações de Leonardo e por conta de uma crise inesperada viu todo seu esforço ruir e a carteira dele ir por água a baixo. Escolhas ruins, manobras incorretas e certa falta de paciência.

Leonardo chegou furioso, pediu um uísque e falou muitas coisas duras para Elisa. Ela ouviu a tudo atentamente e quando teve a chance de falar, disse o que estava guardado dentro do peito.

- Somente um idiota como você poderia se preocupar com ações, números, dinheiro, em um momento como esse. De certo você nem sabe que dia é hoje.
- Claro que sei, hoje é o dia em que você me fez perder uma fortuna.
- Eu sabia, hoje é o dia em que os outros comemoram o dia dos namorados, mas que nós fazemos sete anos de namoro. Você sempre foi frio, mas achava que seria menos insensível, pelo menos nesse dia.
- Amor desculpe-me por tudo, eu perdi a cabeça hoje e não me esqueci da nossa data. Porque você acha que lhe chamei ao Barnei’s?
- Como assim?

Nesse instante dois violinistas adentraram o salão tocando a mesma canção que tocava no dia em que se conheceram, ela recebeu flores e um pedido de casamento. Elisa nunca mais esqueceria aquele dia.

Mês do amor – João e Maria

Joao e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Chico Buarque & Sivuca

Mês do amor – Renata e Carlos

Carlos e Renata

Carlos se perdeu na estrada que levava ao fim do mundo, na verdade ele só queria ir a um lugar distante e acabou no meio do nada, perdido e sem tostão algum. Andou por horas sem encontrar alma viva e continuou porque sabia que no fim do arco Iris havia um pote de ouro.

Na casa de numero vinte e nove morava Renata, moça simples do interior, formada em agronomia e letrada na arte de encantar. Sorriso sincero, olhar fixo e fala suave, poucos resistiam a seus encantos, mas nenhum havia conseguido toca-la, ser seu homem de verdade.

Foi justamente a sua casa que Carlos avistou lá do fim das colinas e decidiu ser um bom lugar para pedir informações, comer alguma coisa e voltar de onde não deveria ter saído. Renata estava lá, sozinha e eles se encontraram.

- Nossa o senhor está muito sujo e parece cansado, precisa de alguma coisa.
- Meu Deus, como você é linda, acho que estou no paraíso.
- Moço, eu quero lhe ajudar, mas se continuar com galanteios furados terei de deixa-lo a própria sorte. Meu pai tem uma espingarda e sabe usa-la, portanto, se veio com alguma intenção errada, vá embora.
- Não, por favor, me perdoe. Estou andando por dias em estradas sem comer nada e sem saber onde estou. Preciso apenas de um pouco de água, alguma comida e orientações de como voltar para onde vim.

Renata convidou Carlos para entrar, lhe deu o que comer, matou a sua sede e pediu que tomasse um banho e usasse algumas roupas de seu pai. Carlos sentiu-se bem melhor depois de tudo e agradecido quis saber o que uma moça tão linda fazia em um lugar tão escondido da cidade.

Carlos e Renata começaram ali uma história de amor tão bonita, que hoje, ao invés de celebrarmos o dia dos namorados em geral, poderíamos celebrar apenas o dia do amor desses dois jovens que superando as diferenças resolveram apostar na felicidade.

Mês do amor - Marcos e Carolina

Marcos e Carolina

Quando conheci a Carolina ela estava com as amigas na festa do Alencar, lá no alto da boa vista. Usava um vestido florido e tinha aquela cara nojenta e esnobe que todas as meninas da zona sul têm, nariz para cima e olhar de quem quer pisar no primeiro que cruzar seu caminho.

Apaixonei-me por seus olhos verdes e é claro também pela sua bunda empinada.

Encontrei o Marcos pela primeira vez em uma festa, acho que no alto da boa vista, nem sei bem como porque já estava bêbada demais para lembrar tantos detalhes. Ele veio dando em cima de mim, resisti o quanto pude e trocamos uns beijos e amassos em um canto da festa.

Nada demais, ele beijava muito mal e tinha mãos escorregadias demais.

Reencontrei a Carolina lá no Bibi tomando um açaí, ela nem me reconheceu ou fingiu que não se lembrava de mim. Cumprimentei, dei os dois beijinhos de praxe e me mandei para mar, não sem antes pegar o telefone dela.

Estava lá no Bibi, recuperando as energias da última noitada, quatro garrafas de vodca acabaram comigo, e veio o Marcos. Eu nem me lembrava mais que ele existia, veio como sempre pegajoso, me deu dois beijos com aquelas mãos escorregadias de sempre e pediu meu telefone.

Precisei ligar mais de dez vezes para conseguir falar com a Carolina e mesmo assim quando eu consegui ela estava bêbada. Xingou uma dúzia de palavrões, mas aceitou ir comigo ao cinema. Vamos ver se quando acordar ela vai se lembrar disso e não vai me deixar esperando que nem um idiota.

Fui acordada as seis da matina pelo telefone que berrava como um desesperado e do outro lado era o chato do Marcos com um papo para boi dormir, me convidando para o cinema. Aceitei e fui para ver o que ele tanto queria me dizer de tão importante.

Hoje é dia 12 de junho e estamos juntos há sete anos, eu amo a Carolina e acho que apesar de tudo ela também me ama. Em nosso primeiro dia dos namorados ela me deu um par de meias e um livro para colorir, eu dei a ela um lenço rosa e uma sandália de prata. Este ano vamos nos dar uma TV nova.

Faz sete anos que estamos juntos e eu amo o Marcos, sei que ele também me ama porque em nosso primeiro dia dos namorados teve a coragem de me dar uma sandália de prata, que eu tanto queria e um lenço rosa, que eu nunca usei. O par de meias que lhe dei ele usa quase todos os dias até hoje e o livro de colorir que também lhe dei nesse dia, fica lá na estante decorando a casa. Este ano vamos nos dar uma cama nova.

Mês do amor - Amanda e Julio

Julio e Amanda

- Uma moça tão bonita, com olhos tão lindos, sozinha olhando para o mar, deve estar pensando em alguém distante. Um namorado, um pretendente, um ex-amor...
- Sabe o que é engraçado nisso tudo? Eu realmente estou aqui sozinha olhando para o mar, mas não estou pensando em ninguém se não em mim mesma. Estou pensando no quanto lutei para chegar até aqui e no quanto ainda tenho que lutar para conseguir mais.

Julio e Amanda se casaram no mesmo dia em que se conheceram, em 12 de junho, só que cinco anos depois. Tiveram duas filhas, compraram uma casa no campo e viviam felizes. Um dia Amanda voltou à mesma praia de dez anos atrás e sentou no mesmo lugar apenas a admirar o mar.

- Uma senhora tão bonita, com olhos tão lindos, sozinha olhando para o mar, deve estar pensando em alguém...
- Sabe o que é engraçado nisso tudo? Há dez anos, quando você me disse essas mesmas coisas eu nem imaginava que estava diante do homem da minha vida e hoje, que te vejo aqui ao meu lado, tenho certeza de que conquistei aquele algo mais que tanto queria conquistar.
- E eu não pensava estar abordando a mulher dos meus sonhos.
- Construímos tantas coisas Julio, fizemos tantos planos, criamos nosso lar e agora estamos aqui no mesmo lugar de nosso primeiro encontro celebrando mais um ano de vida em comum. Obrigado por fazer parte dos meus dias.
- Obrigado por ter me dado à chance.

Mês do amor - Beto e Bia

Beto e Bia

Em cinco anos de namoro Beto e Bia nunca se desgrudaram um só segundo, foram vistos sempre juntos em todos os lugares. Onde se via Beto lá estava Bia, onde se via Bia lá estava Beto.

Beto era o cara do Leblon, Bia a menina das laranjeiras e os dois o casal do Rio de Janeiro. Os amigos se perguntavam se eles nunca tinham vontade de estar com os amigos, mas cada um com os seus e não sempre os dois juntos. Eles respondiam que como dois eram um e se bastavam, por isso não havia a mínima necessidade de saírem em separado, cada um para o seu lado.

Quando Bia adoeceu, Beto também ficou enfermo. Quando Beto precisou se dedicar aos estudos, Bia se dedicou com ele. Não moravam juntos, não trabalhavam juntos, mas se viam todos os dias e sabiam que era isso o que queriam para todo o sempre.

Mas hoje, no dia 12 de junho, Beto e Bia não vão se encontrar, apenas vão trocar mensagens carinhosas pela internet, pois Bia agora mora nos estados unidos com seu novo amor e Beto divide o apartamento no Leblon com sua futura esposa, uma alemã que conheceu no último carnaval.

segunda-feira, junho 11, 2012

Mês do amor – Bate no peito

bate no peito

O coração que fica batendo insistente dentro do peito é aquele que nos apronta as maiores loucuras, cometendo os mais incríveis desvarios. Esse coração que não conhece razão e se apaixona com emoção sempre que decide ser a hora, é o que alimentamos com felicidade na esperança que um dia ele venha a encontrar outro coração que bata em seu mesmo ritmo.

Por vezes amamos mais, outras menos, até que encontramos quem nos ame igual e aí passamos a amar com equilíbrio, nem mais e nem menos. Amamos sem medida, sem pensar e é assim que as coisas têm que ser, feitas porque se quer, se gosta.

Quem se doa por inteiro não quer receber metade ou parte. Quem se doa pela metade ou dá apenas parte, não merece receber o todo.

Nesses tempos frios, não por conta da temperatura, mas sim das relações vazias, faça com que seu coração permaneça sempre emanando calor e aquecendo a quem você quer bem. A vida é feita de experiências boas e ruins, só conhecemos as boas de fato, depois de passarmos pelas ruins.

A nossa canção

a nossa cancao

Ontem comprei o cd do nosso cantor favorito, aquele que tem a nossa canção. Você lembra que combinamos de assistir um show dele assim que descobríssemos quem ele era? Aleatoriamente fui à loja, fechei os olhos e escolhi um cd ao acaso e ele agora é o nosso cantor favorito e umas de suas músicas, que nunca ouvi, é a nossa canção.

Não tive vontade ou coragem de saber o nome do cd que comprei e nem do cantor do mesmo, pedi à vendedora que o embrulhasse para presente em uma linda embalagem e presenteei a primeira pessoa que vi passando pela rua. Dei o cd do nosso cantor favorito, com a nossa canção, a um desconhecido.

E pensar que também éramos desconhecidos, nunca fomos um casal e sim duas pessoas que pensavam estar vivendo algo de verdade. Brincávamos de fingir que tínhamos algo sério e nos amávamos tal e qual pensávamos estar em Londres em uma manhã de inverno.

As juras que não fizemos, os beijos que nunca demos, tudo parecia real para mim e de certa forma era, pois eu estava vivendo tudo aquilo, mesmo que sem você. Posso dizer que não tivemos um fim, pois não começamos nada. Nunca tivemos coragem o suficiente para transformar o sonho em realidade.

Eu me deixei iludir na esperança vã de acordar e ver você ao meu lado e você, talvez ainda esteja à procura de alguém que seja o que você sempre sonhou, coisa que eu nunca fui e nem terei a chance de ser.

domingo, junho 10, 2012

Mês do amor – O amor me pegou 2

o amor me pegou

Hora de abrir os olhos e perceber que tudo nessa vida acontece por algum motivo e com alguma explicação. Hora de abrir a mente e focar no que vem pela frente, deixando para trás tudo o que passou.

Hora de se deixar apaixonar por tudo aquilo que você faz, por todos aqueles que te amam e principalmente por você mesmo. Não procure, pois não vai encontrar, em outra pessoa, aquilo que você só vai encontrar em você mesmo.

Idealizar o amor e suas variações, depositar no outro suas chances de ser feliz, é tudo o que você não deve fazer. O único responsável pela sua felicidade é você mesmo, lute por ela. Nada começa e nem termina se não for por sua causa, se você não quiser, pense nisso e hoje mesmo recomece ou termine aquilo que precisa ser modificado em sua vida.

Quem se ama não é mais e nem menos que ninguém, quem se ama apenas tem grande parte das qualidades que uma pessoa deve ter para ser amada por outra. Saia de casa, não se esconda. Sorria para as outras pessoas, não se acanhe. Fale sozinho, dê asas a sua loucura. Viva!

Não está tudo bem 2

nao esta tudo bem

Como eu gostaria que as coisas estivessem bem de verdade, mas elas não estão e nem sei se vão voltar a ficar. Tanta coisa aconteceu nesses últimos dias, tantos sentimentos misturados com outras coisas que foram surgindo e no meio disso tudo eu e você sem saber o que fazer.

De um lado você e sua incrível capacidade de ser quem é e do outro lado eu e minha incrível capacidade de achar que ainda havia salvação possível para nós. Nem me lembro de quando tudo começou, mas sei que as coisas já haviam terminado muito antes de começarem.

Minha prudência não foi a toa e quando disse que as coisas tinham que caminhar devagar, mas sempre, estava querendo evitar o meu sofrer. Pena que não consegui.

Aprendi bastante sobre mim nesse período e vi que preciso ser menos emotivo e mais forte nos momentos em que evitar a dor for a melhor saída. Não posso mais fechar os olhos para os fatos, esquecer de mim e viver a sua vida.

Acredito muito em nós, mas não quero mais acreditar sozinho.

sábado, junho 09, 2012

Mês do amor - Um quadro de nós dois

um quadro de nos dois

Quando a chuva começou
Deu saudade dela
Meu amor se debruçou
Na minha janela
Ela… Onde andará
Quanto desse meu amor
Misturou no dela
Em que sonho eu me perdi
E acordei sem ela
Ela… Perto do meu pensamento
E tão longe daqui
Truques do acaso
Armadilhas da paixão
Presa dos olhos
Na esquina do coração
Quando a gente se abraçou
Tudo era perfeito
O que a gente desenhou
Ficou desse jeito
Feito um quadro de nós dois

Max Viana & Dudu Falcão

Sinceridade para todo sempre

sinceridade para todo sempre

É um sentimento de incapacidade que vai tomando conta e quando vejo lá estou pensando no todo como se ele não fosse nada ou como se não representasse a metade do que representa. Não sei se sou a sua melhor escolha, mas com certeza sou sincero com você e sempre.

É tão difícil ser assim desse meu jeito, ter as minhas atitudes, fazer as coisas que faço e eu sei disso, por isso mesmo é que não posso exigir nada de ninguém. A única coisa que peço é sinceridade.

Não preciso de declarações de amor a todo segundo, de beijos e abraços apertados, mas preciso de sinceridade tanto quanto preciso de ar para respirar. Por mais que me doa o que será dito, quero ouvir cada palavra se elas foram sinceras e vierem de dentro.

Gosta de mim diga, se não gosta fale do mesmo modo, sem rodeios e muitos menos mentiras ou historias inventadas. Dói pensar que me entrego por inteiro e em troca recebo a indiferença de presente por todo esforço em manter a chama acesa.

Jamais vou usar a minha sinceridade como escudo para o que quer que seja, mas é com ela que repouso tranquilo ao final do dia e durmo sabendo que fui honesto com aqueles que respeito e que deveriam pelo menos tentar ser sinceros comigo.

Obrigado por tudo.

sexta-feira, junho 08, 2012

Mês do amor - O seu olhar

o seu olhar

Aquele olhar tão doce que só você tem é o único que consegue derreter meu coração quando está tudo tão frio do lado de fora. Só aquele seu olhar que eu tanto amo consegue fazer com que eu me sinta protegido no meio de tantos perigos.

E foi justamente o seu olhar a ultima coisa que vi naquele doze de junho de 97. Estávamos em frente ao MASP caminhando sem destino quando você me disse que não dava mais e que o melhor, mais certo e justo comigo e com você era terminarmos tudo. Cada um seguiu seu destino e nos separamos para nunca mais nos encontrarmos novamente.

Ainda não esqueci o seu olhar, desde a última vez que o tenho guardado na memória e no peito. Você pode agora estar nos braços de outro qualquer, estar apaixonada pelo seu mais novo amor e porque não, estar sozinha vagando por aí, mas independente disso ou de qualquer outra coisa, eu não vou me esquecer do seu olhar.

Meio que lágrimas ao acaso, meio que sentimentos confusos, meio que um monte de coisas ao mesmo tempo, meio que eu e você depois de muito viver. Ainda existe amor suficiente dentro de mim para cuidar de você e onde quer que você esteja, o seu olhar vai lhe guiar como sempre fez quando éramos nós a caminhar de mãos dadas por aí.

Doce visão

doce visao

Dois pedaços de coração com molho antes de o dia clarear foram suficientes para que eu soubesse que as coisas não estavam lá essas coisas entre nós. Um dia desses no meio do nada você me acorda e insiste em recomeçar o que nem tínhamos terminado. Estranho.

Tão estranho quanto somar fatos e acasos sem o mínimo critério, foi-te ver sorrindo depois de horas de choro incontido pelos cantos da casa. Eu ainda não assimilei as partes desse quebra cabeça, mas também não quero perder mais tempo pensando nas coisas que ainda vão acontecer, vou deixa-las acontecerem primeiro antes de me manifestar.

E ontem tomado pela mais pura loucura me lancei ao mar e subitamente encontrei você a me esperar na areia. Doce visão a dos seus lábios me dizendo que ainda há uma chance para nós dois.

Acordei as sete, tomei café as nove e não pretendo morrer na semana que vem. Espera eu terminar de sofrer e você não vai se arrepender. Te amo!

quinta-feira, junho 07, 2012

Mês do amor – A promessa

a promessa

- Meu bem já estou com o vinho no ponto, ainda falta muito?
- Não amor, em mais cinco minutos sirvo o risoto. Você me passa os pratos?

Depois do vinho, do risoto, da noite de amor e de horas intermináveis de conversas sobre a vida, o futuro e sobre o que eles realmente esperavam um do outro, eles adormeceram.

Na manhã seguinte ainda com os corpos anestesiados pela inebriante noite anterior, eles apenas se mantiveram ali de mãos dadas conectados pelo mesmo sentimento que os invadiu desde que se conheceram.

- Posso lhe pedir um favor?
- Mas é claro!
- Diz que não vai me deixar?
- Como assim? O que você está falando? É claro que não vou te deixar, de onde você tirou essa ideia?
- Não é nada disso, não estou falando de me abandonar, me trocar por outro, porque isso pode acontecer, nós podemos não mais entrar na mesma sintonia e nos separar. Só estou lhe pedindo para não me tirar de dentro do seu peito, para não esquecer o que vivemos. Promete que mesmo que outro lhe arrebate o peito, lhe conquiste os beijos e te leve ao altar, você não vai me deixar de fora do seu coração.
- Essa foi a coisa mais linda que já ouvi em toda a minha vida, é por isso que eu te amo e escolhi para ser o dono do meu coração.

Desse dia em diante o dia doze de junho não foi mais o mesmo para eles, sempre nessa data eles celebram o recomeço de uma paixão que para sempre vai existir dentro de dois corações.

Nem mais pensar eu consigo

nem mais pensar eu consigo

De tão forte que é essa dor no meu peito, de tão intensa que é essa coisa que carrego aqui comigo, eu não consigo mais pensar direito no que estou fazendo e no que fizeram comigo. São tantas passagens, paradas, pontos de chegada e de partida, que realmente me perdi no meio disso tudo e não consigo mais ser quem eu sempre fui.

Nunca escondi meus sentimentos ou os aprisionei com medo de chocar a sociedade hipócrita, nunca fui santo e nem pretendo ser, quero apenas voltar a sonhar com o mar sem medo de me molhar. Porque isso aconteceu quando pensei estar curado de você, quando pensei ter poder suficiente para não mais cair nos seus braços e me entregar à paixão.

E a forma que me sustenta não é tão frágil quanto parece e nem tão forte quanto eu gostaria que fosse, mas é suficientemente capaz de não me fazer desistir de lutar por nós. Enquanto ainda for noite e o dia não surgir no horizonte, eu estarei aqui a lhe esperar e a torcer para que você não venha me libertar de ti.

quarta-feira, junho 06, 2012

Não sei mais

nao sei mais

Quantos dias faltam para o fim de tudo? Quantas vezes vou precisar lhe contar sobre meus planos? Quantos de mim são necessários para conquistar o que não se conquista?

O fim de tudo não precisa existir se soubermos fazer de cada dia um dia especial em nossas vidas. Se for preciso lhe conto mais um milhão de vezes sobre meus planos e porque não os transformo em seus e com isso lhe mantenho mais perto de mim.

Somos tão necessários um para o outro, que nem vou preocupar com a quantidade necessária para conquistar aquilo que desejo, você. E pensar que por alguns instantes tive vontade de desistir de nós.

Não sei mais o que faço e nem porque faço, apenas sigo o curso das coisas tão desconcentrado quanto essas linhas desconexas que se descortinam em forma de um texto impreciso. Será que novamente estou entrando em rota de colisão comigo mesmo? Será que o passado ronda a minha mente na tentativa de me levar de volta ao limbo?

Preciso de ar...

Mês do amor – Temores

temores

Quando eu me apaixonei
Até tive vontade de ir embora
Mas me acostumei
Te amei, cheguei mesmo até perder a hora
Aí, recomeçei
A sentir os temores de outrora
E agora, só resta
Você me convencer
Que eu não devo temer
Meu medo, persiste
Eu confesso não sei porque
Eu te juro vai dar prazer
Eu te peço não recusar
Nosso amor não vai ser
Mais um jogo de azar
No ganhar ou perder
Eu sei que amor reviverá

João Nogueira

Bombardeio

bombardeio

No natal é a voz da Simone e a imagem do bom velhinho que habitam o imaginário, no dia das mães são os ícones da música romântica, como Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Fábio Junior e outros que rondam a nossa mente, mas é no dia dos namorados que somos realmente bombardeados por tudo e por todos.

Os canais de TV, sejam eles pagos ou não, programam uma série de filmes românticos, programas de relacionamento, reportagens com casais famosos ou não e toda a sorte de “profissionais” para dar dicas aos solteiros de como conseguir um amor antes do dia 12 ou de como os que já têm um amor devem fazer para manter acessa a chama da paixão.

As lojas são invadidas por corações de todos os tipos e tamanhos, cupidos tomam conta das vitrines e as propagandas de qualquer produto fazem alusão aos eternos casais. Não se consegue dar um passo sem que se depare com alguma mensagem direta ou subliminar relacionada ao dia dos namorados. Promoções em restaurantes e motéis são o que temos de mais trivial.

Nem os que estão solteiros são esquecidos nessa época, pois para eles são organizadas festas e eventos que prometem conceber um casal antes da meia noite do dia 12, fazendo assim com que eles não passem sozinhos esse dia tão especial.

Com nem tudo são flores, elas são as responsáveis pela descapitalização da maioria dos casais, porque nessa época do ano se tornam o item mais caro do comercio, algumas vezes até desbancando certas joias.

Mesmo para os casais todo esse bombardeio em algum momento se torna chato, para os solteiros então soa como se eles estivessem cometendo um crime por não terem com quem dividir essa data. Para o comércio é a chance de terminar o semestre com dinheiro em caixa, mas de verdade mesmo, o dia 12 é tão somente um dia como outro qualquer do mês de junho.

terça-feira, junho 05, 2012

Mês do amor – Respeito não faz mal a ninguém

respeito

Não faça com quem quer que seja, aquilo que não gostaria que fizessem com você. Essa simples frase parece batida demais, sabida por todos, mas não é. Muitos, e posso afirmar com propriedade, acham que ela só se aplica quando é a favor de si.

Todos querem ser respeitados, mas poucos se dão o devido respeito e respeitam o próximo para exigir respeito. Experimente tentar ser respeitoso com alguém perto de outras pessoas e o mínimo que vão dizer de você é que é um bobo.

O respeito não significa obediência, subserviência ou qualquer outra coisa do tipo, respeito significa ter o mínimo de consideração com as pessoas. Nesse mês em especial, que comemoramos e celebramos o amor, o respeito deve ser celebrado em conjunto, pois é parte integrante e ponto principal de todas as relações.

segunda-feira, junho 04, 2012

Mês do amor – Loucos de amar

loucos de amar

Loucos dizem amar sem medida e fazem disso sua mais tenra loucura. Loucos pensam ser capazes de ignorar a dor do amor e lançam-se ao desconhecido com a coragem de nunca terem conhecido a desilusão. Loucos são todos aqueles que amam.

Loucos somos nós que andamos de mãos dadas pela praça, que emanamos calor na noite fria e com nossos corpos aquecemos um ao outro apenas com a força do sentir. Loucos somos nós que perdemos a noção do ridículo e rimos alto pelas ruas como dois adolescentes em época de escola.

Normais!? Normais são os que nos chamam de loucos, os que duvidam de nós e todos aqueles que não acreditam no amor e em seu poder transformador. Se para amar é preciso ser louco, se para viver a plenitude é preciso ser insano, diga a todos que sim, eu sou e quero continuar a ser, esse que vaga por aí espalhando sua loucura por onde quer que vá!

domingo, junho 03, 2012

Mês do amor – Flores de junho

flores de junho

Ele sempre amou as flores e deu a suas duas filhas nomes de flores. Uma foi chamada de Rosa e outra de Margarida, nomes comuns, mas de grande simbolismo para aquele homem simples do campo.

Rosa e Margarida foram criadas por ele com muito amor e carinho, tiveram tudo o que ele pode lhes dar, nada de luxo e riqueza, mas coisas boas e simples. Desde que sua esposa se foi, vitima de um câncer, ele se transformou em um pãe para elas.

As duas estudaram, se formaram e hoje são doutoras, como ele mesmo gosta de frisar, na capital. Todo o dia 12 de junho não importa o que aconteça, eles se reúnem e os três juntos celebram o amor, pois foi nesse exato dia que a mulher da vida daquele homem o deixou e ao mesmo tempo lhe deu suas duas flores mais preciosas.

 

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