sábado, dezembro 15, 2012

H de Helena

h de helena

Chovia tanto e aquele filho da puta não aparecia. Chovia tanto, mas tanto, que se eu tirasse a roupa e torcesse, dava para encher uns dois baldes.

O infeliz sempre foi de se atrasar, mas tinha que fazer isso justo naquele dia que estava caindo um temporal. Corno dos infernos esse homem e olha que não coloquei chifres nele. Deveria, mas não o fiz.

O pior é que quando chegou tentou dizer que a porra do carro enguiçou, que o pneu furou ou até que a repimboca da parafuseta foi para casa dos infernos. Eu só queria é que ele morresse, aquele desgraçado!

Ele teve a coragem ainda de me perguntar: “Helena, o que houve? Você está toda molhada.”.

Tive que mandar ele a merda.

Assim que chegamos em casa ele tentou me agarrar, achou que eu tinha cabeça para essas coisas depois de tudo o que passei. Imaginem que ele ficou excitado ao me ver com as roupas molhadas coladas ao corpo. Vê se pode, eu puta da vida e ele pensando em sacanagem.

Homem é tudo assim mesmo, só pensam em sexo, não importa a hora e muito menos o momento. Eu só pensando em um bom banho quente e ele lá de mastro armado e bandeira levantada.

Só que durante o banho deu vontade... Fiquei pensando na chuva, no frio, no quente do chuveiro e naquele safado...

Saí do banheiro só de toalha, toda caliente, decidida e o que é que eu vejo, o filho de uma égua dormindo no sofá. Vê se pode uma coisa dessas!

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