sábado, abril 19, 2014

Uma noite tranquila

uma noite tranquila

Era tanta chuva caindo, tanta água a molhar a cidade, que não havia vontade e nem motivo para sair de casa. Ela ficou, bem deitada, bem coberta, na cama. Com o braço direito, muita hesitação e esforço, alcançou o controle remoto para pelo menos ligar a tv. Noticiários de ontem, programas de culinária, shows de variedade, filmes datados e nada de interessante para ver. Ela pensou em ouvir alguma música, mas ficou mesmo é ouvindo o barulho da chuva.

Duas da tarde foi quando ela finalmente despertou e começou a sentir vontade de levantar e agitar a vida, a fome bateu e a chuva já não caía com a mesma intensidade. O telefone permanecia mudo, ele não ligou durante toda a manhã, não mandou uma misera mensagem sequer. Ela estranhou, não gostou, mas não pensou em telefonar ou mandar uma mensagem, ele que a procurasse.

Sem muito esforço, já de banho tomado e humor renovado, preparou um belo espaguete, abriu uma garrafa de vinho e apreciou cada instante daquele momento. Sentou-se no sofá, relaxou, comeu bem devagar degustando cada garfada e terminou a garrafa sem pressa, saboreando cada gole. Oito da noite com os pensamentos em ordem resolveu que era hora de saber onde ele esteve durante todo o dia que, pois não teve tempo de lhe enviar nem uma mensagem. Estaria ele tão ocupado a ponto de não se lembrar que ela existia?

Após o quinto toque ela desistiu e desligou, se ele não estava atendendo, a coisa ou era séria mesmo e ele estava ocupado ou não queria atende-la. Ela é que não iria ficar insistindo ou perdendo tempo, já haviam coisas demais em sua mente e com certeza mais importantes, pois o dia já estava terminando, a noite se fazia presente e ela só queria ter uma noite de sono tranquila.

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