domingo, agosto 05, 2012

Goiaba desidratada

goiaba desidratada

- Vamos parar com esse papo furado de que vai e depois não aparece. Ou você se decide ou eu vou embora para nunca mais voltar. Sabe quando apareço de novo? No dia de são nunca!
- Quer me ver no veneno? Quer me colocar no sereno? No relento é que não vou ficar!
- Para cima de mim não violão!
- Coloque-se no seu lugar e me respeite.
- Está pensando que eu sou o que?

Parem as máquinas, desliguem os motores. Tudo o que era bom acabou, é o fim. Vamos viver em um castelo de areia, sem pagar IPTU e nem TV por assinatura. Vamos construir uma arvore, plantar um livro e escrever um filho.

Era tão bom quando você fingia ser livre das amarras que hoje lhe apertam o peito, era tão bom ser criança e ainda assim ter esperança. Não é bom demais correr atrás do que não lhe convém, mas é eficaz ser capaz de superar as agruras de um novo amanhecer.

O papo está furado e você não vai, se aparecer agradeço. Decisões precisam ser imediatas. Quando eu for embora é para não voltar e nunca mais aparecer.

Já tomei veneno e não desejo repetir a dose. Nunca dormi no sereno e não o farei, ao relento vai ficar quem não tiver a chave de casa ou dinheiro para o táxi.

Quebraram meu violão de estimação e logo em cima de mim, que nunca fui ateu. Felizes são os que sabem o lugar exato que devem ficar e na hora em que o diretor reclama do contraste, escondem-se nas sombras do texto. Respeito é bom, mas poucos gostam de dar.

Nem pense mais em mim ou no que sou, apenas dê o seu jeito que dou o meu. Antes puto da vida com a mediocridade do que feliz com a inverdade!

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