quarta-feira, junho 03, 2015

Mês do amor - Ainda mais bonita

ainda mais bonita

Deitada, adormecida, ela é ainda mais bonita. Ali sobre a minha cama, enroscada em meus lençóis, ela é ainda mais bonita. Nua, sem maquiagem, penteado ou adornos, ela é ainda mais bonita. Minha, pelo menos por aqueles instantes, àquelas horas, agora, ela é ainda mais bonita.

- Bom dia!
- Bom dia! Você está me observando dormir?
- Não, estou admirando.
- Bobo. Está acordado há muito tempo?
- Não, só o suficiente para vê-la tão linda em meus lençóis.
- Para com isso. Vamos tomar café?

Tudo o que é bom dura o tempo necessário para deixar saudades e logo após o café, ela se foi. Não saiu sem dizer adeus, mas desceu as escadas com toda a sua leveza, atravessou a rua com decisão, entrou no carro e partiu. Não prometeu voltar, não sei se vamos nos reencontrar, ficou tudo no ar. Perguntas que não foram feitas, respostas que não foram ditas.

Por alguns dias, sete, ou nove, não sei ao certo, esperei por um telefonema, um e-mail, algum sinal de fumaça. Liguei uma, duas, trezentas vezes e em nenhuma delas fui atendido. Perdi as esperanças de revê-la quando minha última ligação foi direto para a caixa postal. A falta de respostas, de contato, de noticias, ao invés de me angustiar como eu esperava, confortou-me.

Não saber seu destino, seu paradeiro, não vê-la com outro alguém, não imaginar coisas, foi importante para mim, pois não me fez esquecer, me fez apenas guardar os momentos que vivemos.

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